Protestantes da Telexfree caminham até MP e pedem atenção de promotores

Os cerca de 100 manifestantes que ocupavam a Praça do Rádio na tarde desta sexta-feira (28) em protesto a decisão judicial anunciada na semana passada, que suspendeu as atividades da Ympactus Comercial Ltda, mais conhecida como Telexfree, caminharam até o Ministério Público da Capital para tentar chamar a atenção de algum promotor pelos protestos. Com o som de um alto-falante, eles pediam para alguém descer e conversar com eles.
Eles afirmavam que sabiam que a promotoria do Estado não tinha culpa na decisão tomada no estado do Acre, mas que a decisão não era justa para os adeptos de Mato Grosso do Sul.
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Quando funcionários olhavam pela janela, ele suplicavam para que avisem algum promotor que eles estavam ali.
Após os gritos, cantos e solicitações, eles sentaram no asfalto e ficaram em silêncio para demonstrar a revolta sobre o caso. Eles dizem estarem sofrendo por serem proibidos de trabalhar.
Depois de 20 minutos, eles levantaram e seguiram de volta para a Praça do Rádio onde foi finalizado a manifestação.
O caso - A juíza Thaís Khalil, do Acre, proibiu a empresa de realizar novos cadastros de divulgadores e efetuar pagamentos aos já cadastrados, até o julgamento final da ação principal, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.
Nesta sexta-feira (28), o Ministério da Justiça abriu processo administrativo contra a Telexfree por indícios de formação de pirâmide financeira, a empresa tem 10 dias para se defender. Caso seja comprovada a fraude, a Telexfree poderá ser multada em até R$ 6 milhões.
Segundo os manifestantes, 9 capitais brasileiras estão em protesto nesta sexta-feira pela mesma causa e o intuito é mobilizar todo o País. No total, são 1,4 milhão de divulgadores no Brasil. No Mato Grosso do Sul, são 50 mil, e em Campo Grande são 10 mil divulgadores da Telexfree.