Protesto "Fora Moraes" recebe apoio de motoristas em avenida movimentada

Grupo de manifestantes mantém há três dias banners fixados no canteiro central da Avenida Afonso Pena, próximo ao MPF (Ministério Público Federal), em Campo Grande, com os dizeres “Se você é Fora Moraes, buzine”. Apesar do número reduzido de pessoas, a mobilização tem recebido muitas buzinas de apoio dos motoristas que passam pelo local, especialmente na manhã desta sexta-feira (8), quando a reportagem esteve no local.

O vereador Rafael Tavares (PL) explicou que o protesto é uma forma de apoiar a reação do Congresso Nacional contra o que ele classifica como abusos do Judiciário. “Estamos fazendo essa manifestação para que o Congresso reaja aos abusos que o Judiciário vem cometendo. Esperamos que seja pautada a anistia no Congresso. A maioria dos deputados já é favorável, e aguardamos que o presidente da Câmara, Hugo Motta, coloque o tema para votação. O Senado também precisa fazer cumprir a vontade da maioria dos senadores, já temos 41 assinaturas em apoio ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, e queremos que o processo seja votado”, afirmou o parlamentar.

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Outra pauta destacada pelo vereador é o fim do foro privilegiado. Segundo ele, muitos parlamentares mantêm vínculos com o STF (Supremo Tribunal Federal) e, temendo condenações ou chantagens, evitam participar de debates delicados. “A retirada do foro privilegiado daria mais independência aos parlamentares para que possam votar essas pautas sem sofrer perseguições do Supremo”, disse Rafael Tavares.

Questionado sobre a escolha do local da manifestação, o vereador esclareceu que a intenção foi ocupar um ponto de grande circulação de veículos para ampliar o alcance da mobilização. “Aqui passa muito carro, e temos recebido bastante apoio da população campo-grandense. Hoje à tarde, a partir das 17h30, faremos uma adesivagem no local. Não tem nenhuma ligação específica com o Ministério Público, escolhemos o ponto por conta do fluxo de pessoas e veículos”, finalizou.

A mobilização ocorre em meio ao acirramento da crise entre o Congresso e o Judiciário, além de se desenrolar em cenário de discussões sobre sanções comerciais dos Estados Unidos ao Brasil, que aumentam a tensão política e econômica no país.

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