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Capital

Protesto puxado pelo Batman reúne 600 e termina com hino e fogos

Chloé Pinheiro | 31/07/2016 18:20
Batman anti-corrupção era um dos 600 manifestantes presentes na Afonso Pena neste domingo. (Foto: Alcides Neto)
Batman anti-corrupção era um dos 600 manifestantes presentes na Afonso Pena neste domingo. (Foto: Alcides Neto)

Depois de quatro horas, terminou pouco antes das 18h a manifestação contra a corrupção que começou às 15h deste domingo (31), em Campo Grande. Foram cerca de 600 participantes, segundo os organizadores, com direito ao 'Batman' puxando a passeata pela Avenida Afonso Pena, bonecos de Lula e Dilma Rousseff e execução do Hino Nacional na frente do MPF (Ministério Público Federal).

O grupo, envolvendo sete movimentos sociais, reuniu no início da tarde 200 pessoas no Obelisco, na Avenida Afonso Pena. Um carro de som convocava a população a participar da marcha, gritando principalmente palavras de ordem contra o PT e a favor da Operação Lava Jato. 

Os participantes subiram a Afonso Pena em direção ao MPF (Ministério Público Federal) em ritmo lento para tentar angariar pessoas. Além do carro de som, a marcha -- que a essa altura contabilizava 600 pessoas, segundo a organização -- era liderada por bonecos que representavam o ex-presidente Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff, além de um homem fantasiado de Batman. O mascarado se autodenominava "um super herói do Brasil contra a corrupção". 

Chamou a atenção a queda no coro de manifestantes em comparação aos outros protestos que ocorreram sob a mesma temática. "Fiquei decepcionada com a falta de público. Acho que falta posicionamento das pessoas. Todo mundo está descontente, tinham que vir reclamar nas ruas", queixou-se Conceição Lana, aposentada de 55 anos, que estava com amigos no protesto.  

O coro anti-PT marcou presença na maior parte dos manifestantes. (Foto: Alcides Neto)
O coro anti-PT marcou presença na maior parte dos manifestantes. (Foto: Alcides Neto)

Apesar de alguns cartazes deixarem claro que o movimento era sem partido, a maioria dos manifestantes disseram estar ali para garantir punição ao PT. "Estive em todos os outros protestos e vim nesse porque espero que todos os partidos de esquerda sejam expurgados", afirmou Paulo Moreno de Jesus, 60 anos, defensor público, que se fantasiou de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Ao chegarem nas proximidades do MPF, o protesto se deparou com cerca de 20 pessoas segurando faixas e pedindo a intervenção militar. "Mas a intervenção constitucional, prevista no artigo 142 da Constituição, não queremos uma ditadura", fez questão de diferenciar José Luiz Farias, de 57 anos, um dos líderes deste segundo grupo.

Na frente do Ministério Público, o grupo maior soltou balões, queimou fogos por cerca de três minutos e cantou o Hino Nacional, assim como fez na abertura do protesto.

A maioria dos manifestantes trajava verde e amarelo e empunhava também cartazes de apoio ao juiz Sérgio Moro e Reaja Brasil. O protesto é conduzido por sete grupos: Pátria Livre, Democráticos, Movimento Brasil Livre, Chega de Impostos, Avança Brasil e Nas Ruas MS.

Entre as reivindicações, além da cassação do mandato de Dilma, estão a continuidade da Lava Jato, a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e de "todos os políticos corruptos".

Confira a galeria de imagens:

  • Queima de fogos encerrou protesto neste domingo. (Foto: Alcides Neto)
  • Bertildes de Oliveira, 55, empresário, Conceição Lana, 55, aposentada e Miriam Moreno, 53, dentista, esperavam mais manifestantes hoje. (Foto: Alcides Neto)
  • Um grupo pequeno pedia a intervenção militar. (Foto: Alcides Neto)
  • Manifestantes subiram a Afonso Pena em direção ao Ministério Público Federal. (Foto: Alcides Neto)
  • Grupo caminha rumo ao MPF. (Foto: Alcides Neto)
  • Manifestantes carregavam palavras de ordem contra o PT. (Foto: Alcides Neto)
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