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Capital

Quadrilha cascalha acesso à fazenda para roubar R$ 1 milhão em bois

Alan Diógenes | 11/05/2015 17:04
Quadrilha havia planejada crime há dois meses. (Foto: Marcelo Calazans)
Quadrilha havia planejada crime há dois meses. (Foto: Marcelo Calazans)
Delegados disseram que crime não tem ligação com casos semelhantes recentes. (Foto: Marcelo Calazans)
Delegados disseram que crime não tem ligação com casos semelhantes recentes. (Foto: Marcelo Calazans)

Uma equipe do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) prendeu, na última sexta-feira (8), a quadrilha que furtou 570 cabeças de gado de duas fazendas na zona rural de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. Os bandidos investiram “pesado” para cometer o crime, utilizaram três caminhões, três veículos de passeio e cascalharam as estradas que dão acesso às fazendas para facilitar no transporte dos animais.

Conforme o delegado titular do Garras, Edílson dos Santos, os acusados planejaram o crime há 2 meses e o gado era retirado aos poucos das propriedades. “Este tipo de crime está se tornando comum devido a facilidade para sua prática. As fazendas ficam em áreas rurais e desertas, desta forma o furto não chama a atenção de ninguém. O comércio ilegal de cabeças de gado também tem contribuído”, explicou.

Cada integrante tinha um papel especifico dentro da quadrilha. O corretor de imóveis Gedalvo Jose Bráz, 57, foi quem apareceu em uma das fazendas furtadas, a Capão Verde, para uma negociação de venda. “Ele visitou a fazenda e percebeu a quantidade de cabeças de gado e a facilidade de roubo. Em seguida manteve contato com o capataz da fazenda para planejar o furto com mais três comparsas”, comentou.

Thiago Belardo dos Santos, 24, sendo o capataz da fazenda há um ano, facilitou a entrada do grupo na propriedade. Ficaram responsáveis pelo embarque do gado Nivaldo Leite Ribeiro, 49, João Jose Araújo Junior, 35, e Valdeir Gassi Pereira, 33. O último foi quem financiou o crime, alugando os caminhões e cedendo seus veículos Renault Sandero e Fiat Uno para a prática do crime. Estes veículos também foram apreendidos juntamente com a caminhonete L 200 que estava em sua posse no dia da prisão.

Segundo o delegado Fábio Peró, para comercializar o gado, Valdeir fez um cadastro no Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal ). “O gado ficava em uma propriedade clandestina, depois ele conseguia emitir as notas para venda do gado fazendo a inscrição no Iagro. Usando dados falsos ele criou uma estoque virtual de cabeças de gado”, destacou.

As fazendas Capão Verde e Primavera ficam localizadas na região do Morro do Azeite, distante 150 km da cidade de Miranda, mas dentro da zona rural de Corumbá, já no Pantanal. Como a região é úmida e as estradas são cheias de lama, o grupo ficou dois dias dentro da fazenda embarcando o gado e cascalhando as vias.

Parte da quadrilha foi presa em flagrante na Capital e a outra em Miranda. Thiago, Gedalvo, Nivaldo e João irão responder pelo crime de furto e associação criminosa. Já Valdeir vai responder por receptação, associação criminosa e participação em furto. A equipe do Garras ainda faz diligências para encontrar o restante do gado furtado.

Outros casos – O delegado Edílson dos Santos disse que não há ligação da quadrilha com o grupo que furtou 255 cabeças de gado da Fazenda GV4, em Anaurilândia, que foi presa na segunda-feira (4) passada.

O grupo também não tem ligação com a quadrilha que roubou 145 cabeças de gado de uma fazenda localizada em Bandeirantes, se passando por uma equipe de policiais.

Outros casos antigos de roubo e furto à gado estão sendo investigados pela mesma equipe do Garras e podem ser esclarecidos nos próximos meses.

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