ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
OUTUBRO, SEGUNDA  07    CAMPO GRANDE 37º

Capital

Quatro anos depois, acusado de matar namorado continua alegando inocência

Filipe Prado | 10/06/2015 10:01
Christian apontou que matou Onivaldo, mas alega que acreditava que ele só havia desmaiado (Foto: Arquivo)
Christian apontou que matou Onivaldo, mas alega que acreditava que ele só havia desmaiado (Foto: Arquivo)

No segundo julgamento, o acusado de matar Onivaldo Rocha Mengual, 47 anos, Christian Rodrigues Simplício, 21, na época do crime com 18, voltou a afirmar que matou o namorado, mas alegou que acreditava que ele estava somente desmaiado. O crime, motivado por ciúmes, ocorreu na noite do dia 29 de novembro de 2011, sendo que o corpo da vítima foi encontrado dois dias depois.

O primeiro julgamento aconteceu em outubro de 2013, quando o réu foi condenado à pena de 15 anos de prisão, mas a defesa recorreu e o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) anulou o julgamento, apontando que os jurados foram contrários às provas apresentadas.

O relacionamento durou somente quatro meses, conforme o depoimento de Christian. Ele apontou que Onivaldo sentia muito ciúmes dele e que não o deixava sair de casa, escondendo as chaves do apartamento. Ainda revelou que a vítima não gostava que ele saísse para realizar programas sexuais, que na época seria a sua profissão.

No dia do crime, os dois haviam bebido, contou Christian, e começaram a brigar. Onivaldo empurrou o namorado e tomou as chaves que estavam com ele, momento em que o acusado correu para o quarto.

A vítima foi até o quarto e tentou esfaquear o acusado, mas o rapaz se protegeu, derrubou a faca e usou o fio de um ventilador para asfixiar Onivaldo. Quando percebeu que o namorado estava desacordado, pegou as chaves e fugiu de casa, voltando dois dias depois, quando percebeu que a vítima havia morrido, fugindo novamente.

“Eu voltei para conversar, pois pensei que eles estava só desmaiado. Não sabia que ele estava morto”, declarou o acusado. Na época, a polícia encontrou a vítima com uma corda de varal e amarrado com fio de um ventilador. Ao confessar o crime na delegacia, Christian disse que agiu em legítima defesa, pois era mantido em cárcere privado por Onivaldo, que não permitia que o jovem fizesse programas.

Mas durante o depoimento no Tribunal do Júri, Christian afirmou que saía de casa sempre que zeladora, amiga da vítima, abria a porta, mas voltava porque não tinha lugar para morar.

O crime teria sido cometido por motivo torpe, motivadas pelo ciúme, tendo um agravante do meio cruel, causando o estrangulamento de Onivaldo até a morte. A sentença deve ser proferida até o final da tarde de hoje (10).

Nos siga no Google Notícias