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Capital

Réu por assassinato tenta anular pena, e sai com três anos a menos

Em 2015, Jorge Weryton foi condenado a mais de 20 anos, mas teve a pena reduzida para 17 anos

Geisy Garnes | 13/11/2017 18:28
Jorge foi condenado a 17 anos e seis meses de reclusão (Foto: Fernando Antunes/ Arquivo)
Jorge foi condenado a 17 anos e seis meses de reclusão (Foto: Fernando Antunes/ Arquivo)

Jorge Weryton da Rosa Rister condenado por matar o namorado da ex-mulher, Luiz Henrique Nascimento, teve três anos da pena reduzida após tentar anular o julgamento, alegando faltas de provas. O réu foi a júri popular em junho de 2015, teve a prisão decretada em 20 anos em regime fechado, e agora deve cumprir 17 anos e seis meses.

O recurso foi julgado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça no dia 9 deste mês. Após o julgamento, a defesa de Jorge Weryton da Rosa Rister entrou com recurso, pedindo o anulamento do julgamento em virtude da falta de provas para os crimes em que ele foi condenado: tentativa de homicídio, homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A defesa de Jorge pediu ainda a redução da pena-base para o mínimo legal, em razão da atenuante da violenta emoção, já que em depoimento o réu afirmou que agiu ‘por raiva’, o afastamento da reincidência e a “aplicação de quantum mais elevado pela confissão”.

Por unanimidade, a 3ª Câmara Criminal decidiu pelo provimento parcial do recurso. Os desembargadores levaram em consideração a confissão do crime, afastaram a reincidência e “repeliram a valoração negativa das moduladoras da conduta social, personalidade e comportamento da vítima”, e reduziram a pena para 17 anos e seis meses de reclusão.

Caso - Em julgamento Jorge contou que no dia do crime ele saiu para comprar cocaína e após 30 minutos, voltou para casa e acabou flagrando a namorada junto com a vítima. “Eu fiquei com raiva, tirei a arma, então fiquei cego. Não lembro do que aconteceu”, afirmou na época.

A arma, segundo Jorge foi comprada de um fazendeiro, para se defender de um traficante que o ameaçava por conta de uma dívida. O réu lembrou que chegou a correr atrás de Luiz, mas não se lembrou quantos disparos e por quantos metros percorreu.

Conforme a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, o acusado tentou atirar na ex-mulher, mas o revólver falhou. A vítima então tentou defender a companheira, a empurrou e saiu correndo, mas neste momento foi atingido pelos tiros. “Eu lembro que desferi alguns disparos, mas não foi para acertar ninguém”.

Depois do crime, Jorge fugiu de Campo Grande, sendo capturado cerca de dois anos depois na cidade de Rondonópolis (MT).

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