Réu que matou rapaz a tiros em briga de território é condenado a 11 anos
Crime aconteceu em dezembro de 2021 e Higor Alves Costa passou por julgamento nesta sexta-feira
Réu confesso por matar a tiros José Henrique da Silva Soares Figueiredo no dia 25 de dezembro de 2021, Higor Alves Costa, 23 anos, foi condenado a 11 anos de prisão por homicídio e porte ilegal de arma. A vítima foi encontrada morta por volta das 7h daquele dia na Rua dos Topógrafos, Jardim Campo Nobre, em Campo Grande.
Higor quase um mês depois, Hugo chegou a se apresentar na 5ª Delegacia de POlícai Civil e confessou ter efetuados os disparos, foi indiciado por homicídio doloso e em seguida liberado, por não estar em flagrante. No dia 24 de fevereiro de 2022 ele acabou sendo preso por conta de um mandado de prisão preventiva.
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Em depoimento na época, Higor afirmou que José havia pegado uma moto emprestada com ele e acabou batendo o veículo. A vítima então teria dito que não pagaria pelo conserto. O autor afirmou que passou a cobrar o rapaz e depois disse ele passou a ser ameaçado por ele.
No dia do crime, José teria então passado na garupa de uma moto no Bairro Mario Covas e mostrou uma arma para Higor que alega ter saindo correndo. Em seguida, foi de bicicleta até a tabacaria no Jardim Campo Nobre, onde a vítima vendia drogas, segundo ele, para “tiras satisfações” com o rapaz.
Chegando lá, passou a ser xingado por José que colocou a mão na cintura, com medo, Higor diz que sacou seu revólver e “descarregou” na vítima. Ele declarou que acreditava ter dado cinco tiros no rapaz que morreu no local. O autor então fugiu e se escondeu e alegou ter perdido a arma durante a fuga.
Higor foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) em fevereiro de 2022 e, segundo o órgão, o crime teria sido cometido por uma disputa territorial, pois a vítima teria ido ao bairro onde estava proibido de frequentar.
Além disso, para o MP, Higor usou recurso que dificultou a defesa da vítima, já que surpreendeu José com vários disparos de arma de fogo em via pública. Com isso, a materialidade e autoria do crime ficaram evidenciados.
Hoje, o rapaz sentou no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri e acabou condenado a 11 anos e oito meses de prisão em regime fechado, assim como ao pagamento de 12 dias-multa de um trinta avos do salário-mínimo vigente na época dos fatos. A sentença é assinada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos.