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Capital

Saiba como se livrar dos caramujos, praga e até morada do Aedes

Manuseio e descarte corretos ajudam a eliminar os bichos, que incomodam nesta época do ano

Michel Faustino | 16/01/2016 09:33
Caramujo entre as grades no portão de residência; bicho foi introduzido no país na década de 80 para ser comercializado como escargot. (Foto: Gerson Walber)
Caramujo entre as grades no portão de residência; bicho foi introduzido no país na década de 80 para ser comercializado como escargot. (Foto: Gerson Walber)
Aposentado Ruy Sérgio convive com o problema há dois anos e em decorrência da chuva ficou pior. (Foto: Gerson Walber)
Aposentado Ruy Sérgio convive com o problema há dois anos e em decorrência da chuva ficou pior. (Foto: Gerson Walber)

Uma infestação de caramujos tem preocupado e causado transtornos ao aposentado Ruy Sérgio Pazin, 70 anos, morador da Rua Mar das Antilhas, no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande, problema já considerado comum em várias outras regiões da cidade, principalmente no período de chuvas. Além de transmitir doenças causadas por vermes, o bicho africano pode até virar criadouro do mosquito Aedes Aegypti se não for eliminado e descartado de maneira correta.

Ruy conta que o problema persiste de forma periódica há mais de dois anos, mas, com as chuvas dos últimos dias, a situação ficou pior. O aposentado reclama da falta de asseio do proprietário do terreno que fica ao lado de sua casa, e acaba servindo de criadouro dos caramujos.

O caramujo pode transmitir doenças graves. Ele se reproduz rápido – cada animal põe 200 ovos a cada dois meses.

“É uma situação muito desagradável. Todo dia a gente precisa retirar dezenas de caramujos do quintal pra evitar que entre dentro de casa. Aqui tem criança e eu também estou um pouco debilitado. Não dá pra gente ficar convivendo com isso, correndo o risco de pegar uma doença, mesmo evitando ao máximo o contato”, comentou.

Cuidados – A bióloga Silvia Barbosa do Carmo, chefe do Centro de Controle de Zoonoses, explica que a forma mais indicada para se livrar dos caramujos é recolhê-los, colocar os bichos em um saco, quebrar as conchas e destiná-los à coleta de lixo comum ou enterrá-los. Ela orienta os moradores a utilizarem luvas para não ter contato direto com os animais.

Sal de cozinha e venenos não são recomendados. Contaminam a terra e pode ocorrer o envenenamento de animais domésticos.

"O contato com o muco pode ocorrer um parasitismo, se ingerido. Além disso, pode causar meningite, porque ele pode se alojar no sistema nervoso”, diz.

Silvia esclarece que o caramujo sobrevive durante o ano todo em abrigos como terrenos sujos, restos de construções abandonadas e plantas. Porém, no verão o molusco começa a aparecer e causar transtorno.

“Eles somem em época seca, porque precisam de ambiente úmido para se proliferar”, disse. O molusco não pode ser manuseado por crianças e muito menos ingerido. Mesmo com o caramujo morto, a concha dever ser eliminada para não juntar água.

Com o bicho morto, a tendência da concha que protege o molusco é acumular água da chuva, tornando-se assim, proliferador do Aedes Aegypti, vetor da Dengue, Chikungunya e Zika.

O caramujo sobrevive durante o ano todo em abrigos como terrenos sujos, restos de construções abandonadas e plantas, porém no verão o molusco começa a aparecer e causar transtorno. (Foto: Gerson Walber)
O caramujo sobrevive durante o ano todo em abrigos como terrenos sujos, restos de construções abandonadas e plantas, porém no verão o molusco começa a aparecer e causar transtorno. (Foto: Gerson Walber)
Mato alto em terreno ao lado da casa de aposentado virou criadouro de caramujos. (Foto: Gerson Walber)
Mato alto em terreno ao lado da casa de aposentado virou criadouro de caramujos. (Foto: Gerson Walber)
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