"Salve geral" do PCC põe servidores da segurança em alerta
Serviço de inteligência da Sejusp foi acionado e apura veracidade da ameaça

Não bastasse a crise no sistema de saúde por causa do novo corinavírus, a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública ) foi alertada neste domingo (22) sobre um “salve geral" que partiu de lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), com ordem atacar e executar agentes de segurança pública. Os detentos estão sem visita por causa da pandemia, mas a massa carcerária, dominada pela facção, está insatisfeita também com transferências realizadas, inclusive a presídios federais.
Em carta a que o Campo Grande News teve acesso' datada de 5 de março, e atribuída a integrantes do PCC, as palavras são pesadas.Falam em matar policiais de todas as forças.
A reportagem apurou também que detentos chegaram a fazer 'greve' se negando a comparecer a audiências no Fórum de Campo Grande, na semana passada.
O titular da Sejusp, Antônio Carlos Videira, informou ao Campo Grande News ter recebido denuncia nesse sentido do Sindsap ( Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária ). "Imediatamente acionamos a Superintendência de Inteligência da Sejusp, que integra todas as demais agências de inteligência dos órgãos da secretaria, além de outras agências externas com o fim de apurar a veracidade do denunciado', declarou.
De acordo com Videira, "todas as providências acerca dessa denúncia, estão sendo adotadas para conferir a confiabilidade da fonte que a enviou para o sindicato, assim como para segurança dos polícias penais", prossegue.
Inicialmente, levantou a reportagem, Gisp (Gerência de Informações do Sistema Prisional) atribuiu a carta a presos de São Paulo, onde de fato houve ações criminosas do PCC na semana passada, inclusive fugas.
Porém, o Campo Grande News recebeu a informação de ameaça no Estado de mais duas fontes além do Sindicato.
Em seu site, a entidade publicou alerta aos servidores sobre o 'salve geral'.
" A orientação do Sinsap é que os Agentes mudem sua rotina, principalmente o trajeto ao trabalho, e mantenham a atenção redobrada em suas atividades dentro dos presídios', diz o texto.
“Não é a primeira vez que servidores tornam-se alvo de criminosos, por simplesmente exercerem a sua função de proteger o Estado e garantir a segurança nos presídios”, afirma o presidente do Sinsap, André Luiz Santiago.