ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  03    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Sancionada lei para distribuir absorventes em escolas da Capital

Primeira versão do texto foi vetada, mas prefeito limitou programa e reapresentou projeto à Câmara

Adriel Mattos | 30/08/2021 13:07
Distribuição já é garantida pelo Poder Público em estados como São Paulo e Espírito Santo. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarulhos)
Distribuição já é garantida pelo Poder Público em estados como São Paulo e Espírito Santo. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarulhos)

O prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), sancionou lei que cria o programa “Dignidade Menstrual”. O texto foi publicado na edição desta segunda-feira (30), do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

Serão distribuídos mensalmente absorventes descartáveis para alunas da Reme (Rede Municipal de Ensino) de baixa renda. Caberá à Semed (Secretaria Municipal de Educação) promover ações para conscientizar as estudantes sobre o período menstrual.

A lei é a segunda versão do programa. Projeto da vereadora Camila Jara (PT) foi vetado por Marquinhos. Na ocasião, o prefeito alegou que a distribuição, que seria para todas as mulheres de baixa renda da cidade, geraria gasto anual de R$ 10 milhões, que o município não poderia arcar.

Sensibilizado, Marquinhos apresentou um novo projeto, limitado às escolas. A matéria foi aprovada pela Câmara Municipal em 19 de agosto.

Durante a discussão do projeto, Camila presentou uma emenda ao novo texto para incluir alunas cisgênero e alunos trans, em situação de vulnerabilidade social entre os beneficiados e também uma periodicidade mensal para a distribuição dos absorventes. A emenda foi aprovada pela maioria e incorporada ao projeto, que acabou sendo sancionado.

Em julho, quando o projeto da vereadora foi votado, para chamar atenção, Camila, única mulher na Casa, distribuiu absorventes aos colegas e revelou que panos, jornais e até miolos de pão são usados por mulheres, na falta do absorvente. De acordo com ela, a estimativa é que 28% das mulheres brasileiras tenham tido dificuldade em ter acesso à absorventes em algum momento da vida.

Nos siga no Google Notícias