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Capital

Secretário de obras não vê necessidade de decreto de emergência por chuva

Na sexta-feira (25), choveu 88 milímetros, o que representa 76% do previsto para todo o mês de abril

Por Fernanda Palheta | 27/04/2025 10:37
Secretário de obras não vê necessidade de decreto de emergência por chuva
Cratera aberta no bairro Chácara dos Poderes (Foto: Osmar Veiga)

Apesar das chuvas da última semana superarem a média mensal e causar mais de 100 pontos de alagamentos em Campo Grande, o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, descarta o decreto de emergência em Campo Grande.

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Chuvas intensas em Campo Grande causam alagamentos e transtornos, mas secretário descarta decreto de emergência. Precipitações superaram média mensal, com 88 milímetros em um único dia, resultando em mais de 100 pontos de alagamento. Apesar dos transtornos, o secretário de Infraestrutura afirma que a situação está sob controle e que os contratos existentes são suficientes para os reparos necessários. Vereador discorda e defende decreto de emergência para liberar recursos financeiros. A Câmara Municipal se coloca à disposição para votar a medida em caráter de urgência. Enquanto isso, a prefeitura realiza ações emergenciais, como desvios em áreas afetadas por erosão, e alega que os recursos atuais são suficientes para lidar com os danos causados pelas chuvas. A prefeita Adriane Lopes ainda não se pronunciou sobre o assunto.

O titular da pasta reconhece a intensidade e a continuidade das chuvas, que causaram o aumento de buracos nas ruas e até impediram o trânsito em diversas regiões da Capital, mas aponta que não há necessidade da medida.

“Conversei com a prefeita e, no caso de Obras, ainda não temos essa necessidade. São situações que quando houver estiagem a gente consegue estabelecer a normalidade”, defendeu.

Segundo Miglioli, a Prefeitura de Campo Grande já possui contratos necessário para os problemas causados até o momento. “Precisamos de recurso para tapa buraco, o que é difícil de enquadrar em recurso federal. Seria diferente se a chuva atingisse alguma ponte, viaduto ou rodasse uma via inteira, que precisasse se uma manutenção mais estrutural”, afirmou.

De acordo com a Defesa Civil, na sexta-feira (25), choveu 88 milímetros, o que representa 76% do previsto para todo o mês de abril. A Prefeitura identificou 118 pontos de alagamento; 328 solicitações de retirada de galhos e árvores por obstruírem vias públicas.

As regiões mais afetadas incluem os bairros Bosque das Araras, Los Angeles, Noroeste e as avenidas Rachid Neder, Ernesto Geisel e Mascarenhas de Moraes. Na Chácara dos Poderes, a erosão compromete ruas inteiras. A prefeitura, em parceria com a Defesa Civil e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), anunciou a criação de desvios para minimizar riscos.

Sugestão - A situação na Capital levou o presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), a defender a situação de emergência. Em entrevista na última sexta-feira (25) afirmou que Casa está pronta para votar, em caráter de urgência, a decretação de estado de emergência ou calamidade pública na cidade.

Conforme o parlamentar, o problema mais grave enfrentado pela Capital atualmente é financeiro, o que justificaria a necessidade de uma medida mais enérgica por parte da prefeitura. “A Câmara está à disposição para votar e declarar a calamidade, se for preciso. Não precisamos esperar mais”, reforçou.

A reportagem entrou em contato com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), mas até a publicação desta matéria não teve retorno.

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