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Capital

Secretário de Saúde culpa gestão por subutilização do Hospital do Trauma

Unidade de saúde é alvo de investigações dos Ministérios Públicos Estadual e Federal

Gabriel Neris e Izabela Sanchez | 08/01/2019 14:40
Secretário estadual de Saúde, Geraldo Rezende, durante entrevista pela manhã (Foto: Chico Ribeiro/Segov)
Secretário estadual de Saúde, Geraldo Rezende, durante entrevista pela manhã (Foto: Chico Ribeiro/Segov)

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Rezende, afirma que a gestão da Santa Casa de Campo Grande, responsável pelo Hospital do Trauma, é a culpada pela subutilização da unidade, que está na mira do MPMS (Ministério Público Estadual) e MPF-MS (Ministério Público Federal).

O MPMS apura a “integral implementação/funcionamento da unidade”. Já o MPF-MS instaurou procedimento para investigar as “dificuldades para o início do funcionamento da unidade do Trauma no Hospital Santa Casa”.

Segundo o secretário, a unidade pode receber recursos de R$ 2 milhões “desde que haja produção, se você não produz não tem direito a esse recurso”, diz. “Temos uma postura bem clara, vamos repassar recursos para qualquer instituição desde que ela preste serviços ao qual assinou contrato”, completa.

Por meio da assessoria de imprensa, a Santa Casa informou que hoje, apenas 51 leitos da enfermaria, dos 126 leitos do Hospital, são utilizados. Do número total de leitos da Unidade, 100 são da enfermaria, 10 da UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 2 de isolamento e os restante, para pequenos procedimentos.

O motivo da subutilização, explicou a Santa Casa, é que o Hospital do Trauma ainda não tem contratualização. O custeio será dividido da mesma forma que é, hoje, o restante do hospital: tripartite, ou seja, sob responsabilidade da Prefeitura, Estado e Ministério da Saúde. Sob gestão plena da Prefeitura, a Santa Casa recebe R$ 20,7 milhões dos cofres públicos.

“O grande problema da judicialização é que há umas demandas judiciais extensas, 40% são questões de vagas de leito. Só vamos resolver quando Campo Grande e Dourados aderirem ao sistema estadual de regulação”, completa Rezende.

O acordo entre as partes para o custeio da unidade do trauma, após uma série de reuniões acompanhadas pela Promotoria e Procuradoria, era que o governo do estado aplicaria R$ 2 milhões mensais e o governo federal, R$ 6 milhões. Até, agora, ainda assim, o único valor que chegou até a unidade foram R$ 6 milhões, do governo federal, para aquisição de equipamentos.

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