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Capital

Seguradora se nega a estender validade do DPVAT a donos de carro em MS

Porém, companhia prometeu analisar isoladamente cada reclamação recebida pelo Procon do estado

Ricardo Campos Jr. | 21/03/2018 11:51
Quem sofrer acidente e só está com DPVAT de 2018 vencido, deve acionar seguradora para receber a indenização (Foto: Paulo Francis)
Quem sofrer acidente e só está com DPVAT de 2018 vencido, deve acionar seguradora para receber a indenização (Foto: Paulo Francis)

A empresa Líder, que administra o DPVAT em todo o Brasil, se recusou a estender generalizadamente a cobertura de quem não pagou o seguro obrigatório em janeiro, na mesma data de vencimento da cota única do IPVA. O pedido havia sido feito pelo Procon de Mato Grosso do Sul e a resposta veio somente nesta quarta-feira (21), cinco dias de atraso em relação ao prazo.

Diante da recusa, o superintendente do órgão, Marcelo Salomão, entrou em contato diretamente com a companhia. Ela prometeu analisar e resolver cada caso a partir das reclamações recebidas pelo serviço de defesa do consumidor.

Dessa forma, cidadãos que pagaram o seguro em 2017, mas que não o renovaram este ano, podem pedir a cobertura normalmente em caso de sinistro, devendo acionar o Procon se a Líder se recusar a conceder o prêmio.

A partir daí, a empresa vai estudar a situação. Salomão orienta que só terá direito a receber a indenização quem estava em dia ano passado. “Tem que deixar claro que não tenho como ajudar quem não pagou em 2017, mas somente aqueles que estão atrasados desde janeiro”, afirmou ao Campo Grande News.

Salomão explica que a Líder rejeitou ampliar generalizadamente a cobertura porque essa medida poderia refletir em outros estados. Procurada, a empresa informou que desconhece o prazo mencionado para responder ao órgão e que as "tratativas foram realizadas para que o atendimento aos beneficiários sejam realizadas sempre de forma simples e ágil". 

O vencimento do seguro obrigatório junto com a cota única do IPVA foi estabelecido em 2015 por lei. Desde aquela época, uma pessoa que deixasse para quitar o seguro obrigatório junto com o licenciamento em junho, por exemplo, estaria descoberto se sofresse um acidente nos cinco meses anteriores.

Passageiros e demais vítimas receberiam a indenização normalmente. Essa situação só veio à tona este ano e virou polêmica diante da ausência de informações ostensivas. Não há multa para quem não pagou. O boleto pode ser impresso no site da seguradora.

(Matéria editada às 16h18 para acréscimo de informação)

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