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Capital

Sem diversão da Parada Gay, grupo protesta contra fundamentalismo

Mariana Lopes e Viviane Oliveira | 12/07/2013 16:23
Manifestantes se reuniram na praça Ary Coelho (Foto: Cleber Gellio)
Manifestantes se reuniram na praça Ary Coelho (Foto: Cleber Gellio)

Com faixas, cartazes e um clamor de respeito, o movimento GLBTT ( Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais) invade as ruas de Campo Grande na tarde desta sexta-feira (12), em protesto contra o fundamentalismo e a favor de um estado laico. Os manifestantes seguem em direção ao Ministério Público Estadual.

Com poucas pessoas que aderiram à “1ª Parada da Cidadania: Pela Dignidade Humana, em favor da Laicidade do Estado e da Diversidade”, o grupo saiu da praça Ary Coelho, no Centro da Capital, e deve percorrer o trajeto pela Afonso Pena, com apoio da Agentran (Agência Municipal de Trânsito), que controla o fluxo de veículos e manifestantes.

“O principal objetivo deste protesto é lutar pelos direitos das pequenas minorias, que estão sendo desrespeitados”, pontua a presidente da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), Cris Stefanny, se referindo a grupos de africanos, mulheres, índios, negros.

Para Cris, o deputado federal Marcos Feliciano está atacando as diferenças das pessoas, ofendendo religiões e principalmente os gays. “O fundamentalismo está sendo imposto e a religião está sendo usada por um determinado grupo para oprimir essas minorias, mas o nosso protesto não é contra os evangélicos, mas contra o fundamentalismo que está presente em todas as religiões”, pontua a líder.

De acordo com o presidente da Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MS, o advogado Júlio Valcanaia, 40 anos, constantemente há denúncias de gays que tiveram os direitos negados em órgãos públicos. “Ainda é possível ver uma série de violações, jovens religiosos que se culpam porque a família quer curá-lo, não conseguem se assumir por causa da religião”, explica o advogado.

Mesmo sem fazer parte de nenhum movimento específico, o estudante de mestrado da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Guilherme Cavalcante, 27 anos, aderiu ao protesto. “Soube que a manifestação foi criada quando o vice-prefeito, Gilmar Olarte, convocou uma marcha a favor da família e contra o casamento gay, com a presença do Feliciano”, explicou o estudante.

Por conta disso, o movimento foi se organizando pelo Facebook, sem líder e extremamente popular, segundo Guilherme. “Luta contra a teocracia que o próprio Feliciano defende”, enfatiza o estudante.

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