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Capital

Sem receber, empresas ameaçam parar tapa-buraco a partir do dia 1º

Flávio Paes | 19/01/2016 21:40

As cinco empresas que desde novembro estão atuando no tapa-buraco em Campo Grande deram ultimato à Prefeitura. Se até o próximo dia 30 não receberem pelo que fizeram neste período – taparam em torno de 36 mil buracos, conforme levantamento da própria Prefeitura – vão interromper o serviço a partir de 1º de fevereiro.

Empresas reduziram pela metade equipes e podem interromper o serviço em 10 dias (Foto:Divulgaçâo)
Empresas reduziram pela metade equipes e podem interromper o serviço em 10 dias (Foto:Divulgaçâo)

O posicionamento já foi comunicado em ofício encaminhado ao prefeito, Alcides Bernal (PP), e nesta quarta-feira (20) está programada reunião na Secretaria de Receita. A expectativa é de que haja uma definição sobre os pagamentos dos créditos acumulados nos último 60 dias, que somam mais de R$ 4 milhões.

Os diretores da Selco, Diferencial, Pavitec, Wala e Gradual argumentam que a situação financeira das empresas está insustentável, porque, além de não pagar as faturas anteriores à sua gestão, que somam R$ 11 milhões, o prefeito não honrou o compromisso, feito em novembro quando o tapa-buraco retomado, de manter em dia os pagamentos a partir de então.

Por conta desta situação, três das cinco empresas reduziram pela metade as equipe (de duas para um por região urbana), promoveram demissão é até agora não conseguiram pagaram os acertos dos trabalhadores. “Estamos sem créditos, com títulos protestados. Só conseguimos comprar o material à vista”,admite um dos empresários, que se mantém no anonimato porque teme represarias por parte da Prefeitura.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada, por conta desta situação, duas destas empresas (a Selco e a Pavitec) demitiram 47 funcionários que não receberam todos os seus direitos. “Vamos entrar na Justiça para pelo menos garantir o saque do Fundo de Garantia”, afirma o presidente do Sindicato, Walter Vieira dos Santos.

A Selco, por exemplo, que demitiu 22 funcionários (incluindo os da pavimentação e drenagem), deve a este pessoal R$ 120 mil. Outros 29 que atuam na construção de escolas, centros de educação infantil e unidades básicas de saúde, também estão desempregados e aguardam pelo recebimento das rescisões (em torno de R$ 300 mil).

“No caso da Proteco, que ficou fora do tapa-buraco, os 50 trabalhadores demissões já conseguiram sacar o FGTS, por força de medida judicial”, explica Walter, que na semana, em audiência com o prefeito Bernal,cobrou dele o pagamento das empresas. O prefeito teria dito que a situação seria regularizada em fevereiro, com o recebimento do IPTU/2016.

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