Sem-terra acampam no Incra e denunciam paralisa da reforma agrária
Acampados no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de Campo Grande, os sem-terra denunciam a paralisação na reforma agrária.
Moradores do assentamento Patativa do Assaré, de São Gabriel do Oeste, reclamam que os lotes fora entregues em 28 de dezembro, mas sem infraestrutura e nem linhas de crédito.
Depois de marchar do bairro Aero Rancho até à sede do Incra, localizada na avenida Afonso Pena, no Centro, o grupo com 350 pessoas promete passar todo o dia no local.
De acordo com Tadeu de Moraes Delgado, liderança do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), a pauta de reivindicações foi entregue à direção do Incra no último dia 30 de março.
O mês de abril, batizado de Abril Vermelho, é marcado por mobilizações nacionais em alusão ao Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 1996.
Comando – Segundo Tadeu Delgado, os sem-terra sugerem o nome de Celso Cestari para assumir o comando do órgão federal. “Mas pode ser qualquer um com capacidade técnica e operacional", afirma.
Em agosto do ano passado, o então superintendente do Incra, Waldir Cipriano Rabelo, foi exonerado após ser preso na operação Tellus, realizada pela PF (Polícia Federal). Em seguida, Manuel Furtado Neves assumiu o comando do órgão de forma interina.
O governador André Puccinelli (PMDB) tem reunião agendada hoje, no fim da manhã, com o presidente do Incra, Celso Lacerda. O encontro será em Brasília.
Waldir Rabelo foi indicado por Valter Pereira, ex-senador pelo PMDB. O PT tenta emplacar a indicação do novo superintendente do Incra junto ao governo da presidente petista Dilma Roussef.
