"Sempre colocam fogo", diz moradora sobre incêndio no Rita Vieira
O fogo se alastrou rapidamente entre a vegetação rasteira e atingiu árvores e galhos secos da reserva ambiental
O incêndio de grande proporções que atingiu a mata ciliar do Córrego Bandeira no cruzamento das avenidas Toros Puxian com a Rita Vieira de Andrade, causou transtornos a moradores da região. "A fumaça veio toda para cá e incomodou bastante”, disse a aposentada Edna Guimarães de Campos, 59 anos. O caso foi registrado em Campo Grande, na noite de ontem (9), no Bairro Rita Vieira.
Edna mora na rua de trás de onde o fogo tomou conta da área e contou que sempre tem incêndio na região. “Fica complicado até para dormir. Eles sempre colocam fogo à noite e não tem como saber quem foi. Dessa forma, fica difícil denunciar”, lamentou a moradora.
No grupo de moradores do bairro, a reclamação é normal, segundo o administrador de empresa Altemar Moraes, 45 anos. “Esse de ontem da reserva só foi mais um. Além de o tempo estar muito seco, o pessoal ainda coloca fogo. Ontem, quando cheguei aqui as chamas já haviam sido contidas pelos bombeiros”, contou.
Conforme o funcionário público Dinho Oliveira, 37 anos, o incêndio começou por volta das 20h40. O fogo se alastrou rapidamente entre a vegetação rasteira e atingiu árvores e galhos secos da reserva ambiental. Por margear o córrego, a área é protegida por lei. Militares dos bombeiros foram acionados para conter o fogo.

Com o crescente número de incêndios urbanos, a Defesa Civil Estadual emitiu alerta: atear fogo em terrenos baldios é crime ambiental passível de multa que pode chegar a R$ 9.658. Até mesmo pessoas que colocam fogo para "limpar lixo" podem ser punidas. A Lei de Crimes Ambientais prevê que a multa seja aplicada mesmo se a queima ocorrer em propriedades particulares. A justificativa é de que o crime de poluição coloca em risco à saúde humana e a segurança dos animais, além de destruir a flora.