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Capital

Série de erros levou pastor preso por estupro de menina, diz advogado

O homem foi liberado, assim como o pai da vítima, após passar por audiência de custódia nesta manhã.

Geisy Garnes | 03/05/2018 13:25
Dois dos suspeitos foram liberados nesta manhã após audiência de custódia (Foto: Direto das ruas)
Dois dos suspeitos foram liberados nesta manhã após audiência de custódia (Foto: Direto das ruas)

A defesa do pastor de 56 anos suspeito de envolvimento no estupro de uma menina de 11 anos defendeu que a prisão do cliente foi um mal-entendido e que ele deveria ter sido considerado testemunha do caso. Após 48 horas, o homem foi liberado em audiência de custódia nesta quinta-feira (3).

Segundo o advogado Gustavo Futagami, responsável pela defesa do suspeito, ao contrário do que divulgado pela polícia, os R$ 200 encontrado com o pai da menina foi entregue pelo pastor como pagamento por serviços de pedreiro na casa dele.

Na versão do pastor, no dia do crime os três envolvidos no caso tomaram café da manhã na casa do homem de 58 anos - flagrado por um policial militar abusando sexualmente da vítima. Em seguida, ele e o pai da garota foram para sua residência, trabalhar na reforma do segundo andar no imóvel.

Os dois permaneceram no local até serem procurados pela Polícia Militar. “O que aconteceu foi um grande mal-entendido. Ele deveria foi levado a delegacia como testemunha”, explicou o advogado. Ainda segundo Futagami, o cliente só foi apontado como autor pelos moradores da região por ter sido visto na casa horas antes do crime.

O advogado defendeu ainda que no boletim de ocorrência registrado pelos militares que atenderam a ocorrência, a “prisão” do homem é justificada como maneira de “salvaguardar a integridade física” do cliente. “Ele foi muito prejudicado com isso. Teve a casa apedrejada, ameaçaram colocar fogo na casa dele”, lamentou Futagami.

Sobre como a vítima chegou a casa do autor, cada um dos envolvidos apresentaram uma versão. Para a defesa, o pastor alegou que a menina foi a casa do “irmão da igreja” ajudar a terminar o almoço.

Durante as audiências de custódia nesta manhã, o juiz Francisco Vieira de Andrade Neto decidiu pela liberdade do pastor e também do pai da menina. No entanto, o “irmão da igreja” de 58 anos teve a prisão preventiva decretada por estupro de vulnerável e foi levado ao IPCG (Instituto Penal do Campo Grande).

A prisão - Os três foram presos na tarde de terça-feira (1º), no bairro Parque do Lageado, região sul de Campo Grande.

A PM foi chamada por vizinhos, que ouviram a criança chorando e pedindo por socorro. No local, um policial militar pulou o muro e por uma fresta conseguiu enxergar um dos suspeitos abusando da menina. Ele então arrombou a porta da casa e encontrou o homem de 58 anos vestido apenas com uma calça jeans com o zíper aberto.

Segundo a versão da Polícia Militar, a vítima contou que havia mais uma pessoa com ela na casa. O homem foi identificado como o pastor de 56 anos, que também acabou preso. O pai da menina também foi encontrado e levado a delegacia.

Na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), o pai da criança alegou que havia recebido R$ 200 para deixar a filha cozinhar na casa do autor. A vítima foi recolhida pelo Conselho Tutelar e entregue à mãe dela.

A investigação está cargo do delegado Fábio Sampaio, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

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