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Capital

Servidor está entre alvos de investigação sobre fraude na construção de casas

Buscas e apreensões também foram feitas, nesta sexta-feira, em endereços ligados a ONG Morhar

Marta Ferreira | 09/04/2021 14:34
Placa da organização não governamental, já desgastada, foi a única coisa encontrada no lugar do endereço oficial, quando contrato foi firmado. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Placa da organização não governamental, já desgastada, foi a única coisa encontrada no lugar do endereço oficial, quando contrato foi firmado. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Servidor público de Campo Grande está entre os alvos da operação Moradias, que foi às ruas nesta sexta-feira (9) para cumprir mandados de busca e apreensão, como parte de investigação sobre fraudes na construção de casas populares para famílias que viviam ao lado do lixão, na favela Cidade de Deus.

A reportagem apurou que, além do funcionário público, de nome não revelado, houve busca em endereços ligados à Morhar Organização Social, que em 2016 foi contratada para gerir mutirão de construção de casas populares no Bairro Vespasiano Martins, para onde se mudariam as famílias da favela.

Inquérito investigando a suspeita de improbidade administrativa foi tocado pela 31ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social de Campo Grande. Hoje, com autorização judicial, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) cumpriram os mandados de busca e apreensão.

Segundo indica a investigação, empresas de fachada foram constituídas e documentos falsificados para prestação de contas fictícia ao Poder Público. Além disso, os imóveis foram entregues com diversos problemas.

Com valor de R$ 3,6 milhões, o contrato em questão foi firmado em 2016, quando o prefeito era Alcides Bernal (do PP).

Conforme a reportagem levantou, não houve ações em relação a ele hoje, embora a investigação tenha a ver com sua gestão.

Na época da assinatura do contrato, em julho de 2016, o Campo Grande News mostrou que a ONG, criada em 2011, sequer tinha sede. No endereço que aparecia, na Chácara Cachoeira, havia apenas uma faixa rasgada e a informação dada é de que a entidade não ficava mais ali fazia um ano.

Os pedidos de ordem de busca e apreensão foram autorizados pela 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande. Foram apreendidos documentos, agendas, registros contáveis, anotações, comprovantes de   movimentações bancárias, cheques, computadores e notebooks.

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