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Capital

Servidor pedia abono de faltas e diz que queria dar susto em secretário

O agente patrimonial foi preso e admitiu ter cometido o suposto atentado mas depois de ser ouvido foi solto pela polícia

Adriano Fernandes e Luana Rodrigues | 18/04/2017 15:57
Servidor pedia abono de faltas e diz que queria dar susto em secretário
Éder falou com a imprensa na saída da delegacia e negou ter levado uma arma no atentado ou anunciado sobre a presença de explosivos. (Foto: André Bittar)

O agente patrimonial Éder Tiago Braz, de 37 anos, confessou à polícia que queria apenas "dar um susto” no secretário estadual de Administração, Carlos Alberto de Assis, e funcionários da pasta, quando invadiu a sede da secretaria nesta terça-feira (18) com fios amarrados ao corpo simulando serem explosivos.

Ele estaria descontente por não ter conseguido o abono de dois dias em que faltou o trabalho por conta de um retiro espiritual. A prisão ocorreu ainda pela manhã depois que o servidor foi encontrado em sua residência, no Jardim Noroeste, em Campo Grande.

Na casa foram encontrados, além de roupas e uma garrafa de vodka, pequenas quantidades de cocaína e maconha e também os fios de energia e uma arma de brinquedo que teriam sido usados no suposto atentado.

“Ele disse que tinha a intenção de dar um susto e chamar a atenção do secretário depois de ter ido em um retiro de igreja e faltado ao trabalho, por dois dias. Falou que tinha se sentido injustiçado e gostaria que elas fossem abonadas como ocorre em na religião Católica ou Adventista, por exemplo”, comentou o delegado Geraldo Marim, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, em coletiva sobre o caso.

Éder segue a quimbanda, preceito religioso semelhante a umbanda. Ele foi autuado por ameaça, porte de drogas, mas liberado logo depois de ser ouvido, pois o crime é de menor potencial ofensivo, segundo o delegado.

Na saída da delegacia o agente patrimonial ainda conversou com a reportagem. Ele negou que tenha levado a arma na hora da invasão e disse que a droga encontrada em sua casa pertencia a um primo. Mas admitiu ter bebido muito na noite de ontem. Confira no vídeo.

O caso – Com a folha de ponto em mãos e aparentemente sob efeito de drogas, o agente patrimonial foi a sala da assessora de gabinete do secretário Carlos Alberto de Assis, por volta das 7h25 de hoje (18) e pediu para falar com o titular da pasta, que no momento não estava no órgão.

Ao ser informado de que o secretário não estava, o homem levantou a blusa e mostrou um objeto amarrado ao corpo que supostamente seria um explosivo.

Enquanto a vítima tirava cópia do documento, Éder perguntou se não receberia nenhum sorriso da colega de trabalho. Neste momento, segundo relatos da mulher à polícia, Éder começou a morder um tipo de controle, levantou a blusa, apontou para as bananas de dinamites presas ao corpo por um cinto e disse: "não me obrigue a fazer isso".

O rapaz também carregava atrás da cintura, um revólver. Em seguida, o servidor desceu a escada, encontrou outra colega e falou: "hoje quero matar um". A Polícia Militar foi acionada, o homem tentou fugir, mas foi preso em seguida.

Outras passagens - No total, Eder tem nove passagens pela polícia, sendo por violência doméstica, desacato, duas por porte de drogas, lesão corporal, dirigir sob efeito de álcool, duas por ameaça e roubo a mão armada. Eder também respondeu a um processo administrativo.

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