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Capital

Sinpol avisa que só 30% dos policiais deve trabalhar nesta sexta-feira

Jéssica Benitez | 16/05/2013 17:36
Sem conseguir reajuste salarial de 25% Polícia Civil cruza os braços a partir de amanhã (Foto: Vanderlei Aparecido)
Sem conseguir reajuste salarial de 25% Polícia Civil cruza os braços a partir de amanhã (Foto: Vanderlei Aparecido)

Diante de frustração de não conseguir 25% de reajuste salarial a Policia Civil iniciará greve geral amanhã e, segundo o sindicato da categoria, o Sinpol, apenas 30% dos policiais devem trabalhar até que o movimento de paralisação seja finalizado. Ao todo, são 1,3 mil profissionais em todo Estado, ou seja, mais de 900 homens estarão de braços cruzados a partir desta sexta-feira.

Na manhã de hoje o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), voltou a dizer que o percentual exigido pela categoria é “impagável”, mas ressaltou que o governo está aberto ao diálogo até segunda-feira, quando enviará a tabela de reajuste salarial à Assembleia Legislativa.

“Não abrimos mão de propor um reajuste acima da inflação, pagar no 1º dia útil do mês todos os salários e tratar a todos com respeito e dignidade. Por isso, vamos manter aberto o diálogo até o último instante e acreditamos sempre no entendimento em favor do bem comum”, disse o peemedebista.

Inicialmente a proposta do governo era de reajuste de 5%, chegou a 7% e houve promoção dos policias da Classe dos Substitutos neste ano, o que faria o valor chegar a 28% (de R$ 2.361,21 para R$ 3.031,80), além de reajuste de 8% em 2014 e 12% em 2015.

O Estado também pretende estender a todos os policiais a etapa alimentação (benefício semelhante ao ticket alimentação), se compromete a aumentar o número de vagas para promoção de escrivães e investigadores, a fixar data para promoção anual em lista tríplice e a equiparar servidores DAP com os da segunda classe.

Puccinelli afirma que, caso a proposta não seja aceita, o reajuste a ser encaminhado para aprovação da Assembleia Legislativa permanecerá sendo o índice inicial apresentado à categoria, de 5%.

Instruções – A Polícia Civil está tão decidida que o Simpol formulou uma espécie de cartilha dando as coordenadas de como a categoria deve agir durante a greve. Conforme as instruções, durante o período de paralisação as delegacias farão registros de ocorrências apenas de prisões em flagrantes, casos de homicídios, remoção de cadáveres em residências ou vias públicas, desaparecimento de menores de idade e casos relacionados à lei Maria da Penha.

Além disso, os investigadores não farão diligências, transferências serão feitas apenas de presos em flagrante ou capturados para as unidades onde devem ficar custodiados, escoltas não devem ser executadas, somente ambulatoriais em casos de emergência.

Atendimento de advogados ou oficiais de Justiça nas delegacias também estarão paralisados, exceto em casos de alvará de soltura. Visitas também estão suspensas durante a greve. Quanto aos escrivães, cumprirão o expediente normal, porém com restrição.

De acordo com as regras da greve, apenas serão realizadas atividades em cartórios que estejam relacionadas a prisões em flagrantes, homicídios e medidas protetivas urgentes, no caso da lei Maria da Penha.

Não haverá também encaminhamento ou retirada de inquéritos policiais ou outras comunicações, protocolos, ofícios, nem expedidas intimações. Em caso de flagrantes e oitivas urgentes, os escrivães deverão fazê-las somente acompanhados de delegados.

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