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Capital

Só este mês, drogaria identificou 12 receitas falsas de anabolizantes

Receitas receberam carimbo que foi furtado de médica em hospital

Nícholas Vasconcelos | 18/12/2012 20:11

Uma farmacêutica de Campo Grande denunciou ao CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul) que recebeu mais de 12 receitas anabolizantes no mês de dezembro.

Segundo a farmacêutica Priscila Alencar Puleo, na última semana foram três tentativas de compra de anabolizantes com receitas falsificadas. O número é considerado alto para um medicamento que tem pouca venda e os receituários foram emitidos por grandes hospitais da cidade, como Clínica Campo Grande, Proncor, Santa Casa e Hospital Universitário.

O levantamento da própria farmácia aponta que dos três medicamentos comercializados, Durateston, Deca Durabolin e Deposteron, um deles teve venda legal de 17 ampolas no último mês.

“Se eu tenho 12 receitas e cada uma delas são no mínimo, cinco ampolas, a venda legal foi quase 1/3 das receitas”, afirmou.

Em um dos casos, o cliente chegou com uma receita com suspeita de ser falsa e, enquanto a farmácia confirmava a autenticidade do documento, percebeu a demora em receber o medicamento foi embora. O carimbo usado havia sido furtado de uma médica do Proncor.

“Ele pegou a receita da mão do balconista. Nós não temos como reter a receita, então como não temos provas, vamos entregar as imagens das nossas câmeras para a Polícia investigar”, disse.

A médica que teve o carimbo furtado no Proncor, comunicou ao CRF o crime e o uso indevido. De acordo com a médica Carmelita Alencar Vilela, o carimbo havia sido esquecido no último dia 2 no Proncor e que desde então, ele tem sido utilizado em estabelecimentos comerciais para aquisição de hormônios.

Ela também registrou o furto também na Polícia Civil e pede ainda para que os estabelecimentos que receberem a receita prescrita em seu nome, que confirmem a veracidade do receituário.

De acordo com o presidente Conselho de Farmácia, Ronaldo Abrão, a denúncia deve ser encarada com seriedade e atenção por parte das farmácias e farmacêuticos responsáveis. "Os compradores normalmente são jovens sem conhecimento dos riscos que essas drogas podem causar ao organismo e incentivados ao uso por criminosos com a promessa da beleza fácil", ressaltou.

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