ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Solta, mãe de bebê morta pelo padrasto se interna em clínica para dependentes

Paula Maciulevicius | 05/02/2013 12:06
Marlene ficou presa até a conclusão do inquérito da morte de Kemily. Depois da prisão, ela foi ao cemitério onde a menina foi enterrada e se internou em uma clínica. (Foto: João Garrigó)
Marlene ficou presa até a conclusão do inquérito da morte de Kemily. Depois da prisão, ela foi ao cemitério onde a menina foi enterrada e se internou em uma clínica. (Foto: João Garrigó)

A mãe da menina Kemily Romeiro Rocha, 1 ano, que morreu vítima de maus tratos no dia 18 de janeiro foi solta na última sexta-feira. Marlene Romeiro Rocha, 37 anos, estava presa desde a madrugada do crime e já tinha sido levada para o presídio feminino.

Ao sair da prisão, Marlene pediu ao filho que passasse por onde a criança foi enterrada, no cemitério do Cruzeiro. No mesmo dia, Marlene foi para uma clínica de recuperação de dependentes químicos.

Usuária de pasta-base, foi a mulher quem pediu para se tratar. Segundo a mãe dela, Conceição Romeiro Rocha, 58 anos, Marlene foi solta quando saiu o alvará, às 11h de sexta-feira.

“A tardezinha ela preferiu ir. Foi muito difícil para ela, muito doído. Ela está muito triste, abalada e decidida a mudar. Se Deus quiser ela vai mudar”, disse Conceição.

Marlene ficou presa até a conclusão do inquérito da morte de Kemily. O padrasto da menina, Francisco Gomes de Carvalho Filho, 54, confessou no dia 21 de janeiro, que pegou a criança no colo e em seguida a atirou contra o chão.

Durante depoimento na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), ele disse que a menina chorava de fome quando ele a pegou no colo, quando ela escorregou e caiu no chão. Neste momento, Kemily já apresentava sangramento, e Francisco nervoso pegou e atirou a criança contra o chão. De acordo com o laudo do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), foi comprovado que o bebê tinha três fraturas na cabeça.

Dona Conceição falou ainda que apesar de ela ser usuária de drogas, a filha nunca deixava a filha. “Estamos torcendo e dando a mão a ela. Ela disse, mãe eu não vou trazer mais a minha filha, mas em memória dela, eu quero mudar”, finalizou.

Caso - Francisco estava sozinho na residência no bairro Nova Lima, em Campo Grande, quando tudo aconteceu. A mãe havia saído da residência para pegar leite na casa da filha. Na primeira versão do depoimento, Francisco afirmou que a mãe agredia a criança. Na segunda oportunidade ele disse que Kemely caiu da cama do quarto. A criança foi socorrida no UPA do Universitário e pela gravidade, foi levada para a Santa Casa onde morreu.

Nos siga no Google Notícias