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Capital

Suspeita de cobrar propina era pressionada e diz que agiu sozinha

Renan Nucci | 04/07/2014 13:07

Presa na noite do dia 17 de junho pela Polícia Federal no âmbito da ‘Operação Lantire’, Roberlayne Patrícia Alves, 28 anos, suspeita de pedir propina de R$ 150 mil ao Hospital do Câncer de Campo Grande, estava sendo pressionada para acelerar o repasse de recursos, diz a defesa.

O advogado André Stuart esteve na Polícia Federal ontem (3), para analisar o inquérito. Em contato com a reportagem, ele disse que a ex-funcionária do Ministério da Saúde era cobrada para liberar com urgência emenda parlamentar avaliada em R$ 1 milhão e um aparelho de radioterapia de R$ 3,6 milhões.

“Este repasse era uma via de mão dupla que embora fosse Roberlayne que desse a aprovação, ainda não dependia apenas dela. Houve contato de algumas pessoas, inclusive do próprio hospital, demonstrando interesse nessa celeridade, e a pressionando para que os recursos fossem agilizados, porém, ainda é impossível definir de quem foi a iniciativa, inclusive se dela mesmo”, explicou Stuart.

Segundo ele, desde que presa em flagrante por policiais federais, quando recebia cheques das mãos de Carlos Coimbra, diretor do hopistal, Roberlayne segue recolhida no Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, na capital, enquanto aguarda pedido julgamento do pedido de Habes Corpus. A delegada da PF responsável pelo caso, Kelly Bernardo, pedido prorrogação do prazo de conclusão do inquérito e ainda de acordo com Stuart, a suspeita agiu sozinha.

“Até onde se sabe, ela não contou com a ajuda de outras pessoas, e este valor de R$ 150 mil seria referente a um serviço de assessoria, mas somente o relatório final das investigações vai definir o que, de fato, aconteceu”, concluiu.

Prisão - Segundo divulgado pela PF, a funcionária solicitou a Coimbra que o pagamento das supostas propinas para liberação do repasse fosse feito por depósito em conta bancária de laranja, depois identificado como pai de um ex-namorado dela. O valor da pedido pela mulher não foi divulgado pela PF.

A partir de autorização judicial concedida pelo juiz federal Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal da Capital, a Polícia passou a monitorar os passos da mulher. Também com base em autorização judicial, Coimbra disponibilizou recursos pessoais dele para o pagamento parcial, a fim de que as autoridades rastreassem as contas.

Na noite de 17 de junho, a ex-funcionária veio de Brasília para cobrar o recebimento do restante da quantia pedida. Toda a conversa ocorrida entre ela e o diretor do hospital foi filmada e acompanhada em tempo real por policiais. A acusada acabou presa em flagrante no momento que recebia os cheques. Na delegacia, ela disse que agia sozinha.

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