Condutor alega "briga de trânsito" e que não quis matar
Suspeito de atropelar e matar Lucas Silveira Leite Ortiz, 19 anos, Ricardo André Rodrigues é ouvido nesta manhã (22) pelo delegado da 5ª Delegacia de Polícia, João Reis Belo. Ricardo se apresentou acompanhado do advogado para narrar sua versão do acidente. O caso aconteceu no dia 16, na rua Catiguá, Jardim Canguru, em Campo Grande.
O advogado Abadio Rezende antecipou que Ricardo afirma que não teve intenção de matar a vítima, e que tudo não passou de uma briga de trânsito. Segundo ele, Lucas o perseguiu com mais três amigos, e o motorista fugia com receio de ser ferido pelo trio.
O cliente, acrescenta Rezende, tinha acabado de sair da casa da sogra, no Jardim Canguru, e, no veículo Astra da família, seguia para o bairro Universitário, onde mora. No carro estavam, ainda, a esposa e o filho do casal, de 9 meses.
Em um cruzamento, Ricardo admite que “quase atingiu” a motocicleta Honda Fan de Lucas, o que teria gerado o desentendimento no trânsito. Ele afirma que, ao seguir dirigindo, foi perseguido pelo jovem e outros dois amigos dele, e que no trajeto Lucas teria chutado a porta do Astra, por mais de uma vez, e atesta, inclusive, ter ouvido tiros e, por isso, fugia do trio, em alta velocidade. O atropelamento de fato aconteceu por volta das 21h40, na rua Catiguá.
O suspeito, que é ouvido pelo delegado há uma hora, segue prestando depoimento.
Caso – O caso foi registrado no 5º DP como homicídio doloso, quando há intenção de matar. No boletim de ocorrência, consta que o Astra e a moto estavam em alta velocidade, e que Ricardo não parou para prestar socorro depois de atropelar Lucas.
Ele foi arrastado por vários metros e morreu no local, antes da chega do socorro, ainda segundo o registro policial.
Testemunhas disseram, também à Polícia, que Ricardo acelerou o carro ao ver a vítima, com intuito de atingi-lo e causar o acidente.