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Capital

Suspensão de cirurgias eletivas e uso de máscaras no HR preocupam visitantes

Profissionais de saúde estão com atestado médico, o que dificulta o atendimento no hospital

Por Natália Olliver e Geniffer Valeriano | 15/01/2024 10:48
Surto de covid em profissionais de saúde faz visitantes do HR voltarem a usar máscaras (Foto: Geniffer Valeriano)
Surto de covid em profissionais de saúde faz visitantes do HR voltarem a usar máscaras (Foto: Geniffer Valeriano)

O surto de covid-19 nos profissionais da saúde e, consequentemente, a suspensão das cirurgias eletivas no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) preocupam visitantes de pacientes internados da unidade hospitalar em Campo Grande. O interrompimento dos serviços cirúrgicos começou nesta segunda-feira (15) e acaba na sexta-feira (19).

A informação pegou alguns de surpresa, mas não impediu que as visitas acontecessem normalmente. Agora, com o uso de máscaras. Eliza Ramos, de 60 anos, veio de Bonito acompanhar o irmão de 66 que faz hemodiálise no lugar há 4 meses.

"Fiquei sabendo da onda de covid quando cheguei aqui. A doutora me avisou que tinha que usar máscara e me deu uma. Eles não me proibiram de ficar com ele lá dentro, mas como me dá muito sono prefiro ficar aqui fora".

Dalva Aparecida, de 52 anos, estava realizando um exame de esforço físico. Ela teve um infarto no dia 12 de setembro enquanto estava na academia, desde então vem fazendo vários exames para descobrir a causa. A maioria deles foi realizado no HR.

"Eu vi que estava tendo essa onda de covid na reportagem. Eu tenho problema respiratório e fico sufocada quando uso máscara. Hoje eles ainda deixaram entrar sem máscara. Eu me preocupo com essa situação porque se ela se alastrar de novo vai começar tudo de novo.”

Visitantes aguardando do lado de fora do hospital (Foto: Geniffer Valeriano)
Visitantes aguardando do lado de fora do hospital (Foto: Geniffer Valeriano)

Acompanhando o filho de 28 anos desde domingo passado, Maria Aparecida Pereira, de 50 anos, contou que fica preocupada com os pacientes pegarem o vírus nos leitos. "A gente fica preocupada é com o paciente e não com a gente, porque a gente está saudável e eles ficam vulneráveis. Eu fico aqui o dia inteiro com ele, vim agora para fora porque ele está fazendo hemodiálise e tem alguns outros exames para fazer".

Ela é cuidadora de idosos e deixou de exercer a função para cuidar do filho e evitar o contágio para o paciente particular. “Se tivesse trabalhando seria outra preocupação de não levar a contaminação do paciente que está aqui para o paciente que eu cuido".

Elisabete Ramos, de 55 anos, veio de Miranda para acompanhar o marido de 64 anos, que assim como o de Eliza faz hemodiálise no hospital. Ele vai até o local fazer o procedimento desde o dia 3 de janeiro. "Também fiquei sabendo quando cheguei aqui, mas a gente já anda prevenido com máscara desde o começo da viagem".

De rosa, Elza e de azul, Elizabet, em frente ao HR, em Campo Grande (Foto: Geniffer Valeriano)
De rosa, Elza e de azul, Elizabet, em frente ao HR, em Campo Grande (Foto: Geniffer Valeriano)

O hospital disse à reportagem que o diretor-geral do hospital, Paulo Limberger, vai se pronunciar por meio de um vídeo. Os procedimentos que já estavam agendados devem ser decididos por cada médico se eles permanecem sendo realizados no HR ou se serão transferidos.

Neste domingo (14), Paulo pediu que as visitas fossem restritas, sendo de apenas um visitante por paciente, em um único horário preestabelecido. Já o CTI (Centro de Terapia Intensiva) Pediátrico teve as visitas totalmente suspensas.

Na unidade, dois pacientes e cinco profissionais de enfermagem haviam testado positivo para a covid-19 até o dia 11, conforme documento ao qual o Campo Grande News teve acesso.

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