Suspenso de aulas, menino de 10 anos diz que foi estuprado perto da escola
Suspeitos estão detidos
Um menino de 10 anos diz que foi estuprado na tarde desta quinta-feira nas imediações de uma escola, no Jardim Flamboyant, em Campo Grande. Ele havia sido suspenso das aulas nessa quarta-feira.
O garoto contou que foi suspenso porque brigou com uma colega por causa de uma carteira. Com medo de contar para a mãe que não podia ir à escola hoje, ele cumpriu sua rotina, mas ao chegar no portão do colégio não pode entrar.
Para não voltar à casa no início da tarde, ele sentou em um banco em uma rua lateral à escola e esperava o fim do horário letivo quando foi abordado pelos dois suspeitos.
Segundo o menino, o senhor e o adolescente de 15 anos falaram: “Vamos ali com a gente que vamos te dar um negócio”. Ele então entrou em um imóvel em construção.
De acordo com a criança, os autores o seguraram, abaixaram a calça dele e colocaram um cabo de vassoura. “Parecia que estava assando”, diz. Quando tiraram, eles se questionaram onde iriam esconder o objeto e então o menino fugiu.
Ele diz que ficou perambulando pela região e chegou a ir à casa de uma prima. Neste intermédio de tempo, uma colega dele falou para a diretora da escola que tinha o visto com um homem sobre o telhado da casa em construção.
A diretora então ligou para a mãe, a qual foi a procura do filho e o encontrou nas proximidades do colégio. Os dois foram para a residência e lá, de acordo com ela, pediu para que o garoto tirasse a roupa e verificou que havia fezes na cueca.
Diante da situação, declara a mulher, ela foi até o posto da PM (Polícia Militar) e contou o que havia acontecido. Os policiais do 10ª Batalhão foram à construção e levaram todos que lá trabalhavam para a delegacia de Polícia Civil.
Segundo o menino, somente dois dos trabalhadores foram os autores e os demais não o viram no local. Os suspeitos negam o crime. Eles dizem que o garoto apareceu lá, contou sobre a suspensão e ficou brincado lá.
“Nós até dizemos para ele tomar cuidado para não se machucar”, disse um deles. Ao reforçar que não cometeu o crime, o suspeito mais velho declarou. “Tenho um filho de 12 anos. Nunca faria uma coisa dessas”. O menino será encaminhado para exame médico.