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Capital

Técnico brigou e deu tiro, mas não matou jovem, afirma advogado

Renan Nucci | 12/12/2014 11:41
Técnico agrícola, de boné, chegou acompanhado do advogado para se apresentar à polícia na 2ª DP. (Foto: Marcos Ermínio)
Técnico agrícola, de boné, chegou acompanhado do advogado para se apresentar à polícia na 2ª DP. (Foto: Marcos Ermínio)

Apresentou-se hoje (12), ao delegado Weber Luciano Medeiros, da 2ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, o técnico agrícola Marcelo dos Santos, 34 anos, suspeito de efetuar um disparo de arma de fogo na casa onde estava Lucas Tavares do Nascimento, 19 anos, na manhã de quarta-feira (10). Na noite do mesmo dia, Lucas foi encontrado morto no Bairro Portal da Lagoa, com um tiro na testa.

O advogado Ulisses Duarte não mencionou sobre um possível envolvimento de Marcelo no homicídio, mas afirmou que a família de seu cliente vinha recebendo ameaças por parte da vítima. Ulisses explica que tudo teve início por causa de um desentendimento profissional. Há algum tempo, Marcelo havia contratado o jovem para uma empreitada em cilos na região.

Durante esse período os dois ficaram próximos e se tornaram bons colegas, até o dia em que outros funcionários começaram a notar que Lucas estava cometendo pequenos furtos no local. Diante disso, o técnico agrícola se viu obrigado a demiti-lo. A medida não foi bem aceita e o relacionamento amistoso entre eles foi abalado. Inconformado com a dispensa, Lucas passou a ameaçar o técnico e, inclusive, teria dito que iria estuprar a esposa dele.

“Lucas conhecia a família de Marcelo. Os dois não tinham problemas até então. Depois da demissão começaram as ameaças”, disse o advogado. O técnico agrícola às vezes tem que passar a noite nas fazendas onde trabalha e, por isso, deixa a família sozinha na chácara onde vive na saída da Capital para Rochedinho. Temendo o pior, na manhã da última quarta-feira, enquanto seguia para o serviço, ele foi até a casa onde Lucas estava para tentar apaziguar a situação.

Chegando ao local, os dois não se entenderam e iniciaram uma discussão seguida de luta corporal. No meio da confusão, Marcelo sacou uma arma e efetuou um disparo de advertência em direção ao chão, e depois foi embora. Ninguém se feriu no incidente. “Ele queria resolver o problema com Lucas. Não foi nada premeditado. A arma que ele portava era usada para sua segurança nas fazendas, pois ele trabalha no mato, perto de animais como onças”, alega o advogado.

Crime - Mais tarde naquele mesmo dia, Lucas foi encontrado morto com um tiro na testa em frente à casa da ex-namorada, no Bairro Portal da Lagoa. Testemunhas disseram que ouviram dois disparos por volta das 21h. A ex do rapaz relatou que ele era uma pessoa agressiva e por isso teria o denunciado em três ocasiões, por violência doméstica. A motivação do homicídio é desconhecida, mas o delegado não descarta as hipóteses de vingança ou crime passional. “Vamos investigar os detalhes, inclusive, comparar o tiro que matou o rapaz com os projéteis da arma de Marcelo, para saber se há algum tipo de envolvimento”, explicou.

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