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Capital

Temporada de chuva é apreensão em bairros que alagam

Luciana Brazil e Mariana Lopes | 05/01/2013 13:25
Morador diz que já cansou de dar entrevistas e nada resolve. (Foto:Luciano Muta)
Morador diz que já cansou de dar entrevistas e nada resolve. (Foto:Luciano Muta)

Com a chegada do período de chuvas na Capital, o medo de alagamentos passa a ser algo constante na vida de alguns moradores. Nos bairros como o Jóquei Club, o Coafama, a vila Nhá-Nhá, Marcos Roberto ou ainda no bairro Santo Antônio a água não dá trégua e invade casas, estragando móveis e causando prejuízos.

Cansado de dar entrevista, um morador do bairro Coafama é o retrato do desgaste e do desânimo, já que todo verão os prejuízos se repetem. “Todo ano alaga, já cansei de dar entrevista e nunca resolve nada, e é sempre um sufoco”.

Na manhã deste sábado (5), na casa deste morador que preferiu não se identificar, o grande terreno estava coberto de lama. “Ontem os bombeiros vieram aqui e ficaram até meia-noite”.

Ele conta que chegou a fazer até uma barragem na casa para tentar segurar a água, mas de nada adiantou. “Fiz uma barragem de 1,20 metros, mas só gastei dinheiro”.

Em outra casa na mesma quadra, Jovani Barbosa de Alencar revela o desespero e lamenta o descaso por qual o bairro passa. “O muro da minha casa já caiu por causa do alagamento da casa deste meu vizinho”, diz ele se referindo à residência do homem que já desanimou.

Além disso, Jovani lembra que o Coafama sempre inunda por causa do córrego que corta o bairro e sempre enche com as chuvas fortes.

No bairro Nova Campo Grande, a chuva e o forte vento que atingiu a cidade ontem (4) à tarde, derrubou uma árvore na rua Amaro Castro Lima. O desossador Ivanio Pereira de Santana, 27 anos, contou que a rua ficou fechada por causa da árvore. “Os próprios moradores cortaram a árvore e jogaram na rotatória da entrada do bairro. Isso não é comum acontecer, mas com os ventos fortes sempre fica a preocupação das quedas de árvore”.

Luizinha não sofre com a chuva, mas se preocupa com vizinhos que sofrem durante todo verão.
Luizinha não sofre com a chuva, mas se preocupa com vizinhos que sofrem durante todo verão.

O desespero de ver a casa coberta de água ou ainda a preocupação de perder para a chuva os móveis, muitas vezes comprados com tanto esforço, parecem ser sinônimos desta época do ano.

Há 40 anos morando no Coafama, a aposentada Luizinha Cruz, 79 anos, diz que sua casa não sofre os estragos causados pela chuva, mas lembrou que ontem chegou a ver uma vizinha com água pelo joelho. “Na minha casa não tenho problema, mas tem residência que sempre têm alagamento. A casa do meu vizinho é sempre atingida. É a casa mais afetada da rua”, conta mencionando o personagem desanimado, cansado de dar entrevistas e que não quis se identificar.

“É muita água mesmo. Parece um rio. A dona da casa está muito aborrecida e não sabe para quem pedir ajuda. Sempre que começa esse tempo de chuva, ela já fica preocupada”.

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