Terapeuta afirma que policial estava com depressão, mas rejeitou ser internado
A psicóloga que acompanhava o estado mental do policial civil Marlon Robin de Melo, 36 anos, suspeito de matar a ex-esposa e se suicidar com tiros, na tarde hoje (28), no Centro de Campo Grande, disse que ele passava por tratamento por causa de uma depressão severa, mas rejeitou a ordem de internação dada pela terapeuta.
A profissional não quis se identificar, mas garantiu que Marlon havia parado de tomar os remédios que controlavam o seu estado emocional e nos últimos dias oscilava o humor em extremos de felicidade e tristeza.
Segundo a terapeuta, o policial civil procurou ajuda psicológica após a separação do casal. Marlon e Márcia Holanda eram casados há 10 anos e tinham uma filha de 8 anos.
A terapeuta disse ainda que Marlon gostava muito da ex-esposa e que ela também participava de algumas sessões de terapia. “Tudo indicava que ela queria voltar com ele, mas adiava porque estava com alguns problemas pessoais”, comentou a psicóloga. Márcia tinha uma consulta marcada hoje.
Filhos – Márcia deixou quatro filhos, sendo duas meninas, uma de 18 e outra de 8 anos, e dois meninos, sendo um de 15 e o outro de 21 anos. A menina de 8 anos era filha também de Marlon e mora com os pais do policial, segundo uma amiga da família que entrou em contato com o Campo Grande News, mas pediu para não ser identificada.
Segundo a amiga, a criança está com a mãe de Marlon porque Márcia havia perdido a guarda da filha na Justiça. “Na época ela não tinha renda fixa e ele era concursado, então ficou com a menina”, conta a amiga.
Violência – Ainda de conforme a amiga, Marlon já havia ameaçado Márcia de morte e também a agrediu algumas vezes. Segundo relatos, o policial tinha um filho fora do casamento, que teve quando ainda estava junto de Márcia.
Funcionários da cantina onde Márcia trabalhava, no colégia Mace, disseram que Marlon rondava a região da escola nos útlimos tempos e que sempre mandava presentes a ela.