Testemunha diz que atirador em festa sacava arma para se exibir aos convidados
O caso aconteceu na noite de ontem (4), em um salão de festa localizado na Rua Mem de Sá

Testemunhas relataram à polícia que Eraldo Afonso Vilela, 46 anos, preso por atirar em festa com cerca de 40 pessoas, tentava se mostrar para os convidados exibindo e levando para o alto a arma que carregava na cintura.
A confusão começou depois que o dono da festa e aniversariante, de 32 anos, baleado no braço e na barriga, pediu para Eraldo, dono do espaço usado para realizar eventos, guardar o revólver. O caso aconteceu na noite de ontem (4), na Rua Mém de Sá, no Bairro Nossa Senhora das Graças.
Ainda segundo a testemunha de 27 anos, quando chegou na festa, onde havia várias crianças e idosos, Eraldo já estava no local com sua esposa. O filho do autor, de 24 anos, que mora ao lado do salão, ainda não havia chegado.
No decorrer da confraternização, a testemunha disse que presenciou por várias vezes, Eraldo, sob efeito de álcool, sacar o revólver e levantar para o alto, "na tentativa de se mostrar para os convidados". Em determinado momento, o dono da festa pediu para Eraldo guardar o revólver, mas foi empurrado pelo autor. Foi aí, conforme a testemunha, que começou a briga generalizada.
O dono da festa foi atingido no abdômen e no braço e uma mulher de 31 anos no calcanhar. Outros convidados partiram para cima de Eraldo e o agrediram. O filho de Eraldo também estava na festa e ao ver o pai apanhando pegou um facão e avançou sobre o grupo. Acabou atingindo uma mulher de 46 anos no pescoço. Depois, fugiu do local e se apresentou na delegacia dizendo que só queria defender o pai.

Eraldo foi preso em flagrante, mas como ele sofreu várias lesões pelo corpo por causa das agressões, precisou ser levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida. As outras vítimas também foram socorridas. O homem baleado deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, mas foi transferido para a Santa Casa, onde passou por cirurgia e segue internado, consciente e orientado.
Hoje de manhã alguns vizinhos ainda estavam assustados com a confusão que se estendeu para a rua. “Eu ouvi uns pipoco, na hora estávamos sentados na varanda e foi uma briga generalizada. Eu ouvi e já imaginei que fosse briga, brincadeira com tiro que não ia ser. Sai na frente, estava todo mundo no meio na rua, saíram de dentro da festa e o tumulto continuou na via”, lamentou.
Segundo outra vizinha, não viu nada, mas ouviu gritos e tiros. “Sempre tem festa aí, agora briga foi a primeira vez. Ontem, tinha muita gente no salão”, contou.