ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 29º

Capital

TJ derruba absolvição e 2 são condenados pela morte de Erlon Bernal

Réus foram a julgamento nesta segunda-feira na Segunda Câmara Criminal do TJ-MS

Geisy Garnes | 09/10/2017 16:34
Da esquerda para direita, Thiago, Jefferson e Rafael, quando foram presos pelo crime (Foto: Cleber Gellio/ Arquivo)
Da esquerda para direita, Thiago, Jefferson e Rafael, quando foram presos pelo crime (Foto: Cleber Gellio/ Arquivo)

Três dos suspeitos de envolvimento no assassinato do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, voltaram ao TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) nesta segunda-feira (9) e foram condenados pela participação no crime. O primeiro julgamento do caso aconteceu em abril de 2015 e apenas Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, foi condenado por roubo, homicídio e ocultação de cadáver.

Rafael Diogo, o Tartaruga, Jefferson dos Santos Souza, e um terceiro envolvido no crime, foram condenados nesta tarde pela Segunda Câmara Criminal do TJ-MS. Os três réus voltaram a julgamento depois que o MPE (Ministérios Público Estadual) e os advogados Oton Nasser e José Roberto Rosa entraram com o pedido de recurso de apelação criminal, uma tentativa de reverter a absolvição dos acusados.

Desta vez, os desembargadores Ruy Celso Barbosa Florence, Luiz Gonzaga e José Ale Ahmad Netto, analisaram o caso e decidiram, por dois votos a um, pela condenação dos três julgados. O relator do processo, desembargador Florence, foi o único que votou contra a apelação.

Rafael Diogo deve cumprir pena de 26 anos em regime fechado por roubo seguido de morte, associação criminosa e ocultação de cadáver, mesmos crimes pelo qual Thiago Henrique foi condenado.

O rapaz é suspeito de participar de todo o crime. Desde o sequestro, até a ocultação do corpo de Erlon, que depois que ser atingido por um tiro na cabeça, disparado por Thiago, foi jogado em uma fossa.

A arma usada no crime, segundo a polícia, pertencia a Jefferson, que nesta segunda-feira foi condenado a 23 anos de prisão, também em regime fechado. O terceiro envolvido, Luiz Valençoela, seria o responsável por alterar a placa do carro de Erlon a pedido dos assassinos. Por isso, ele foi condenado a pouco mais de 2 anos de prisão, em regime aberto.

No dia 29 de abril de 2015, Thiago foi condenado a 31 anos de reclusão, enquanto os comparsas foram inocentados. Nesta segunda-feira ele ainda tentou reverter a pena, e teve um ano da condenação reduzido.

De acordo com o advogado Oton Nasser, depois de anos de luta para a condenação de todos os envolvidos no crime o sentimento é de satisfação. “Estamos satisfeitos. Para a família é mais uma lembrança triste, eles ainda tentam se recuperar, mas talvez a sensação de justiça minimiza a dor”, afirmou o advogado.

Caso - O inquérito policial apontou que Thiago marcou encontro com Erlon na rotatória das avenidas Interlagos e Gury Marques, no Bairro Doutor Albuquerque, no dia 1º de abril de 2014. Ele se passou por comprador do Volkwsagen Golf anunciado pela vítima na internet, e a convenceu a levar o carro até a casa onde ocorreu o assassinato, no São Jorge da Lagoa.

Na residência, Erlon se encontrou com Rafael, o Tartaruga, e uma adolescente de 17 anos. Ele ficou aguardando um parecer dos bandidos que supostamente pagariam R$ 38 mil pelo veículo. Thiago entrou na casa, pegou um revólver emprestado por Jefferson e atirou na nuca da vítima que não teve tempo de reagir.

Ainda vivo, o empresário teve o corpo enterrado em uma fossa de 4,5 metros, no quintal do imóvel. Dias depois, vizinhos sentiram o odor vindo da fosse descoberta e acionaram a polícia. Todos os acusados foram encontrados e presos.

 

Nos siga no Google Notícias