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Capital

TJ nega liberdade à presa por morte em motel e cita “violência extrema”

Daniel Nantes Abuchaim, 46 anos, foi morto no dia 19 de novembro em motel, no Jardim Noroeste

Aline dos Santos | 13/04/2019 09:04
O veículo em que estava a mulher presa e o ex-superintendente na entrada de motel. (Foto: Reprodução)
O veículo em que estava a mulher presa e o ex-superintendente na entrada de motel. (Foto: Reprodução)

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou pedido de habeas corpus para Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, 28 anos, suspeita de matar Daniel Nantes Abuchaim, 46 anos, ex-superintendente de gestão de informação da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), em um motel de Campo Grande.

Presa desde 21 de novembro, ela deu várias versões para o crime. Primeiro assumindo a autoria e, na sequência, contando que foi forçada a marcar encontro e o crime foi cometido por uma terceira pessoa.

A liminar foi negada pelo desembargador Geraldo de Almeida Santiago, da 1ª Câmara Criminal. Conforme o magistrado, não há evidência de constrangimento ilegal na prisão. “Quanto ao pleito de prisão domiciliar, a priori não vislumbro os requisitos aptos à benesse, uma vez que o crime foi cometido mediante violência extrema”, diz o desembargador na decisão.

A defesa pedia a revogação da prisão preventiva, com a concessão de liberdade provisória ou medias alternativas diversas da custódia, além de prisão domiciliar.

Daniel foi morto no dia 19 de novembro em motel no Jardim Noroeste, saída para Três Lagoas. O corpo foi desovado às margens de uma estrada vicinal no Jardim Veraneio. Conforme laudo do Instituto de Criminalística, anexado ao processo, a geometria das manchas (esfregaços e arrasto) indica que a vítima foi morta dentro do box do chuveiro e arrastada até a garagem.

Durante a reprodução simulada do crime, ela narra que ficou na porta do banheiro e testemunhou o homicídio, mas sem participação. O homem teria arrastado sozinho o corpo de Daniel, morto a facadas, para a garagem.

A reprodução do crime mostrou a dificuldade em uma única pessoa arrastar o corpo e que sangue encontrado na fechadura da porta indica a participação da presa, que afirma ter aberto a porta do quarto após o esfaqueamento.

Também havia sangue nas cédulas usadas por ela para pagar o motel. Fernanda foi transferida de Campo Grande para Corumbá.

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