ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Capital

TJ vai decidir sobre expulsão de capitão da PM por flagrante em 2015

Prisão no Maranhão foi por posse ilegal de arma e adulteração de sinal de identificação de veículo

Aline dos Santos | 26/06/2019 07:47
Capitão durante missa de sétimo dia do filho,  jovem  foi executado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Capitão durante missa de sétimo dia do filho, jovem foi executado. (Foto: Henrique Kawaminami)

A expulsão e perda de patente de Paulo Roberto Teixeira Xavier, capitão da PM (Polícia Militar), será decidida pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A representação criminal com perda de posto e patente foi enviada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao tribunal em 16 de maio deste ano. Desta vez, o motivo foi prisão em flagrante no Maranhão, em 2015.

Xavier já havia sido preso na operação Las Vegas, de repressão à exploração de jogos de azar, no ano de 2009. O capitão chegou a ser expulso da PM, mas foi reincorporado por decisão judicial. Neste ano, voltou ao noticiário em uma tragédia familiar:o filho foi fuzilado e a suspeita é de que tenha sido por engano e que o alvo era o policial.

A apuração do Conselho de Justificação foi aberta para apurar a capacidade moral do oficial de permanecer na Polícia Militar. Em 13 de agosto de 2015, o capitão foi preso em flagrante na cidade de Bom Jardim, no Maranhão. Conforme o Boletim de Ocorrência, ele estava em atitude suspeita, fotografando agência bancária. A prisão foi por posse ilegal de arma de fogo e adulteração de sinal de identificação da caminhonete S-10 que conduzia.

A placa teve um número 6 aletrado com fita isolante, sendo transformado em 8. Desta forma, a placa da caminhonete era, na verdade, de um Etios. Análise nas fotografias mostra que o banco não aparecia em primeiro plano, tendo o policial feito outras fotos da cidade maranhense.

Na ocasião, ele disse que foi a Bom Jardim para fazer favor a um advogado, que pediu informações sobre uma fazenda da região. O objeto era verificar se havia invasores na terra.
O Conselho de Justificação decidiu que as condutas do oficial violaram valores, ética e deveres da Polícia Militar, devendo ser punido com perda de posto e patente.

Em documento de 30 de abril, o governador determinou o encaminhamento para o Tribunal de Justiça, órgão competente para julgar sobre a perda ou não do posto. O juiz substituto em segundo grau Waldir Marques abriu prazo para a manifestação da defesa de Xavier. A reportagem não conseguiu contato com a advogada do oficial.

Nos siga no Google Notícias