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Capital

Todos os dias, seis precisam de atendimento de urgência por acidente de trabalho

Números da Santa Casa, registrados entre janeiro e abril, dão conta de 744 casos no período

Lucia Morel | 24/05/2022 18:57
Escada encostada em muro de onde homem caiu enquanto trabalhava. (Foto: Kísie Ainoã)
Escada encostada em muro de onde homem caiu enquanto trabalhava. (Foto: Kísie Ainoã)

Todos os dias, ao menos seis pessoas dão entrada na Santa Casa por causa de acidentes de trabalho ou tentativas de reparo em casa. São quedas de telhado, de muro ou andaime que levam as pessoas, maioria homens, a precisarem de atendimento médico de urgência.

Números do hospital, registrados entre janeiro e abril, dão conta de 744 casos no período, sendo173 em janeiro; 171 em fevereiro; 185 em março e 215 em abril.

Histórico do hospital desde 2019 indica que o mês passado foi o que registrou maior número de acidentes do tipo de lá para cá. Até então, a média era de 150 ocorrências nos meses de abril.Mas está havendo aumento ano a ano.

Para se ter uma ideia, o total dos 12 meses de 2019 foi de 2.110 entradas por acidentes de trabalho e queda de altura. No ano seguinte, 2.174 e no ano passado, o índice foi xx% maior que em 2019.

Fonte: Santa Casa
Fonte: Santa Casa

Já em relação ao quadrimestre, o resultado deste ano é quase 15% superior aos anos anteriores. Já o mês de abril de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado é 44,2% maior.

Nesta tarde, pedreiro de 48 anos morreu após cair de telhado, numa altura de aproximadamente quatros metros. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Edson Alves Moreira estava no telhado, sem qualquer equipamento de proteção, quando uma das telhas cedeu e ele caiu dentro da casa.

O acidente aconteceu na Rua Ivan Meirelles, no Bairro Jardim Tijuca, em Campo Grande. Imediatamente, a esposa da vítima apareceu no local e foi consolada por uma amiga.

Para o médico da Santa Casa, Rodrigo Quadros, esse tipo de acidente ocorre e muitas vezes culmina em mortes porque os trabalhadores não usam os equipamentos de segurança adequadamente ou mesmo nem o fazem. "Somente as grandes obras exigem esse uso, mas deveria valer para tudo", ressaltou.

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