Trabalhadores da Usina de Triagem recebem 3º lote de cestas básicas na Capital
Até o momento, foram entregues mais de 15 mil toneladas de alimentos
Os ex-catadores de materiais recicláveis que tiveram a renda afetada pela interrupção dos serviços na usina da UTR (Usina de Triagem de Resíduos) de Campo Grande, devido a pandemia da covid-19, receberam na tarde desta segunda-feira (6) o terceiro lote de cestas básicas e kits contendo produtos de higiene pessoal.
Até o momento, foram entregues mais de 15 mil toneladas de alimentos, que têm abastecido cerca de 130 ex-catadores de recicláveis e seus familiares. A primeira doação de suprimentos feita pelo MPT (Ministério Público do Trabalho (MPT), Justiça do Trabalho e Ministério Público de Mato Grosso do Sul ocorreu no dia 8 de abril. A segunda, em 14 de maio.
Os trabalhos na usina foram paralisados entre os meses de março e maio deste ano e mesmo com o retorno das atividades, o ex-catadores ainda relatam dificuldades para se manter durante a pandemia. O trabalhador Daniel Arguello Obelar, 42 anos, conta que a receita dos ex-catadores caiu em torno de 40% durante a pandemia.
Isso se deve, segundo ele, ao revezamento na escala de trabalho, com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas no interior da UTR, e aos danos causados em equipamentos que ficaram paralisados durante a interrupção das atividades na usina.
Duas das quatro esteiras de triagem deixaram de operar por falhas técnicas. Uma delas já retornou do conserto; a outra aguarda correção avaliada em R$ 1,5 mil. A maior parte dos cooperados e associados, que atuam em parceria com a concessionária Solurb no manejo de resíduos sólidos da capital, recebia antes da pandemia em média R$ 1,3 mil por mês.
Atualmente, pouco mais de 30% deles estão sacando as parcelas de R$ 600 do auxilio emergencial. O valor utilizado na compra dos insumos é proveniente de multa aplicada a uma empresa por descumprimento de obrigações trabalhistas. O pedido para liberação do recurso que estava depositado em uma conta judicial foi feito pelo procurador Paulo Douglas Almeida de Moraes.