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Capital

Trabalhadores do Piauí reclamam de calote em obra na Capital

Helton Verão | 08/05/2013 19:05
Trabalhadores não receberam nenhum centavo em dois meses e estão em alojamento há dias sem receber assistência (Foto: Vanderlei Aparecido)
Trabalhadores não receberam nenhum centavo em dois meses e estão em alojamento há dias sem receber assistência (Foto: Vanderlei Aparecido)

Dez trabalhadores do município de Passagem Franca do Piauí (PI), receberam proposta de trabalhar no acabamento de dois edifícios da empresa Vanguard, na avenida Ministro João Arinos, em Campo Grande. Após viajar 2,6 mil quilômetros e dois meses de trabalho, eles não receberam nenhum centavo.

Revoltados, eles estão sem trabalhar desde segunda-feira (6). Além de não receberem os salários, a assistência prometida ao alojamento, onde estão morando, não acontece há vários dias.

“Ele nos conheceu em um outro trabalho que fizemos para outra empresa e fomos chamados. A Vanguard fala que já repassou o dinheiro aos empreiteiros. Todo dia eles inventam uma desculpa, a de hoje é que ele foi roubado e perdeu todo dinheiro do pagamento”, reclama Luis Rodrigues Santos, de 43 anos.

Segundo o trabalhador, são dois sócios da Gesso Ribeiro, que terceirizam o acabamento das obras. O contato não é direto com a Vanguard. “Temos filhos e família lá no Piauí, alguns aqui não foram registrados, em nosso alojamento não tem mais comida, pedimos dinheiro a nossos parentes para poder comer”, conta James Dean Aires, de 31 anos.

O valor fixo prometido era de R$ 1.050, mais o valor por produção. Pelos cálculos dos piauienses é de que cada um tenha direito de receber R$ 4 mil por mês. Holerites sem nenhum depósito de FGTS foram apresentados, o que prova a falta do pagamento do grupo. Eles estão divididos em três alojamentos, em um deles, a energia já foi cortada.

Os piauienses foram convidados por um funcionário da Vanguard (de vermelho) que eles dizem ser o engenheiro da empresa
Os piauienses foram convidados por um funcionário da Vanguard (de vermelho) que eles dizem ser o engenheiro da empresa

Enquanto nossa equipe entrevistava o grupo, três funcionários da Vanguard saíam da obra. Ao serem abordados, alegaram responsabilidade aos empreiteiros. Em seguida convidaram os trabalhadores para uma reunião.

Minutos depois, a promessa foi feita. Se até o final desta semana a empresa Gesso Ribeiro não pagar os empregados, a Vanguard irá arcar com todos os gastos. Até lá foi prometido também assistência aos “gesseiros” com comida e o gastos no alojamento. “Foram muito educados com a gente, se não fosse a pressão de vocês, não sei se ia acontecer algo”, revelou Rodrigues.

O Campo Grande News entrou em contato com o proprietário da empresa Gesso Ribeiro. Segundo os trabalhadores, o proprietário é Altevir Ribeiro, mas o seu celular estava desligado.

Outro possível responsável pela empresa, Rubens Félix atendeu a ligação. No entanto, el disse não ter nenhuma relação com a empresa de gesso. “Sou apenas amigo do dono e das pessoas da obra,eles estão me confundindo pela proximidade no dia-a-dia”, defendeu-se Felix.

Os piauienses esperam receber o valor pelo trabalho e retornar a sua terra natal.

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