ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 33º

Capital

Trabalhadores recebem treinamento do BPChoque contra ataque de cães

A maioria dos acidentes de funcionários da Energisa envolvem ataques de cães durante serviço de leitura da luz.

Mirian Machado | 01/03/2019 12:57
Treinamento para trabalhadores se protegerem de ataques de animais foi dfoi dado pelo BPChoque (Foto: Mirian Machado)
Treinamento para trabalhadores se protegerem de ataques de animais foi dfoi dado pelo BPChoque (Foto: Mirian Machado)

Cerca de 150 funcionários da Energisa entre leituristas e eletricistas da Capital de do interior do Estado passaram por treinamento com cães nesta sexta-feira (1°). O objetivo é fazer com que reduza os números de trabalhadores acidentados com animais ao fazer os serviços nas mais de um milhão de residências no Estado.

O treinamento é o terceiro já realizado e serve como prevenção e também mostra como o funcionário deve reagir a um ataque de cão ao fazer a leitura da luz ou mesmo um serviço com na fiação da casa.

O curso foi aplicado no pátio da Energisa por uma equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar na companhia de um cão do próprio batalhão. Ambos militares mostraram técnicas de defesa para caso sejam atacados e também sinais de um cão muito agressivo para que os trabalhadores evitem contato. Veja o vídeo abaixo.

Entre as técnicas de defesa, quando o animal atacar, a principal é não correr e não gritar, isso pode deixar o cachorro ainda mais nervoso. O correto é proteger os órgãos e partes vitais do corpo, como olhos e pescoço. “Se tiver algo deve se proteger com a mochila de trabalho, a própria motocicleta ou algum outro objeto que encontrar. Não deve chutar o animal e se ele morder o braço não balançar isso o deixará ainda mais nervoso e ele apertará a mordida”, explica o Cabo Xavier do Choque.

Cabo Xavier explicou que a pessoa não deve reagir ao ataque do animal porque ele ficará ainda mais agressivo (Foto: Mirian Machado)
Cabo Xavier explicou que a pessoa não deve reagir ao ataque do animal porque ele ficará ainda mais agressivo (Foto: Mirian Machado)

Já entre os sinais quando o leituristas ou eletricista estiver passando pela rua, o animal já começará a latir, vai começar a mostrar os dentes e o rabo ficará agitado. “O funcionário não deve colocar o braço ou a cabeça do lado de dentro do portão para tentar fazer a leitura. Nisso ele já esta correndo risco. Se não conseguir anote, faça uma notificação de que não foi possível fazer a leitura do imóvel e tente agendar um dia em que o dono da cada estará presente”, disse, explicando ainda que se caso o portão estiver entreaberto e um animal o encarar, a pessoa deve ficar parada, também encarando o animal e recuando devagar, sem virar de costas para o cão.

Atualmente são 200 leituristas e 600 eletricistas em Mato Grosso do Sul que visitam mais de um milhão de casas todos os meses. Os leituristas saem com uma perneia que é uma proteção na parte da canela e os eletricistas saem com uma bota de cano alto também para se proteger.

Conforme o coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz, a maioria dos acidentes na empresa estão relacionados a cães. Ano passado dos 18 registrados, oito foram acidentes leves com cães, mas o coordenador lembra que em 2012 um funcionário foi morto por um cachorro enquanto trabalhava. “É um caso antigo, mas continuamos nos preocupado, porque já tivemos alguns casos este ano e é muito importante que eles saibam se defender e como agir nesses casos”, explicou.

Ortiz ainda faz um pedido à população. “Toda conta vem a data da próxima leitura, é importante que o morador prenda o animal nesta data para facilitar o trabalho dos funcionários e também que não haja nenhum acidente. Isso evita transtornos para ambos os lados”, afirma.

Silvano Cezar de Oliveira é líder de campo e em janeiro passou por apuros com um colega de serviço. O portão de uma casa estava aberto e havia um pitbul há uns 6 metros encarando o outro trabalhador. Ele como já tinha passado pelo treinamento auxiliou o colega. “Expliquei pra ele ficar calma e não se mexer, daí pedi pra ele vir andando para trás, mas sem se virar para sair do campo de visão do animal”, contou, afirmando que se não estivesse ou não soubesse das dicas haviam corrido.

O sargento Cleiton do Batalhão de Choque, afirmou que correr é uma forma ‘provocar’ o cão e isso vai fazer com que ele corra atrás da pessoa também. “Todo cuidado é pouco e todos devem estar atentos aos sinais de agressividade”, disse.

Treinamento visa reduzir número de acidentes de funcionários com animais em ataques durante trabalho (Mirian Machado)
Treinamento visa reduzir número de acidentes de funcionários com animais em ataques durante trabalho (Mirian Machado)

Nos siga no Google Notícias