Travessia no Parque Linear do Cabaça oferece risco a pedestres e ciclistas
Um atalho para facilitar o ir e vir do dia a dia está colocando em risco os moradores da região do Parque Linear do Cabaça, na divisa dos bairros Carlota e Progresso, altura da rua Planalto. É que, para ter acesso ao outro lado, moradores dos dois bairros utilizam uma travessia sobre o córrego Cabaça que, mesmo feita de concreto, está desabando.
O estrago se deve, provavelmente às últimas chuvas fortes, que provocaram acúmulo de lixo no leito do córrego, dificultando a vazão no ponto sob a travessia. “Está muto perigoso isso aqui, principalmente para as crianças que passam para ir e vir da escola e da creche”, comenta o estudante Lincoln Olive, 20 anos, morador da rua Planalto.
O estudante diz ainda que o local da travessia já foi fechado pela prefeitura, mas os próprios moradores teriam retirado as telas de proteção para abrir novamente a passagem. “Aqui era cuidado na época que inaugurou, sempre cortavam o mato e tem até pista de caminhada aí dentro. Depois ficou assim, e faz tempo que está abandonado”, relata o jovem.
A costureira Vilma Teixeira de Souza, 59 anos, mora há 30 anos bem defronte ao parque, na esquina da Avenida Fábio Zahran com a Rua Flávio de Matos. Ele confirma que a passagem é muito utilizada por todos, pois há escolas, creche e posto de saúde de um lado, comércio, escola e outros serviços de outro, e a alternativa para não atravessar o parque naquele ponto seria caminhar mais 300 a 400 metros, até a Rua Spipe Calarge, para fazer o contorno.
“Para quem tem carro não é tanto, mas quem está a pé, ou mesmo de bicicleta, acaba passando por ali, e desse jeito está muito perigoso mesmo”, diz ela. Vilma conta também que por duas ou três vezes a prefeitura fechou a passagem, “mas as pessoas abriram de novo”. Vilma tem uma sugestão: “se não querem que as pessoas entrem no parque, deveriam construir uma passarela por cima, porque todo mundo tem que ter acesso ao outro lado”.
Escuridão
Vilma reclama também da falta de iluminação no local, o que afasta as pessoas das caminhadas noturnas e torna ainda mais perigosa a travessia sobre o córrego. “Isso aqui de noite é um breu. Tem postes aí dentro do parque, mas as lâmpadas foram acessas só mesmo no dia da inauguração. Depois, nunca mais. Quem costuma caminhar, já sabe que escureceu, não dá mais. Tomara que não precise acontecer uma coisa grave para alguém tomar providências aqui”, diz.
Prefeitura
A reclamação dos moradores foi feita na tarde deste sábado (21). Como não há expediente na prefeitura, o Campo Grande News tentou contato com a Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) por telefone celular, mas ninguém atendeu nem retornou as ligações até a publicação desta matéria.
