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Capital

Trecho da Afonso Pena vira ponto de “rolezinho” e brigas entre estudantes

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram adolescentes em uma briga na tarde desta sexta-feira

Geisy Garnes | 02/03/2018 18:22
Briga entre estudantes aconteceu na tarde desta sexta-feira (Foto: Reprodução Vídeo)
Briga entre estudantes aconteceu na tarde desta sexta-feira (Foto: Reprodução Vídeo)

A cada sexta-feira, no horário do almoço, a Avenida Afonso Pena tem se transformado em ponto de encontro de adolescentes de Campo Grande. Os famosos rolezinhos voltaram, segundo os comerciantes, agora na principal via da cidade, expondo o uso de bebidas, consumo de cigarro e brigas constantes entre os jovens, em geral estudantes de escolas que ficam na região. A polícia pouco tem conseguido fazer, pois quando chega ao local, os meninos e meninas já dispersaram.

Na tarde desta sexta-feira (2), confusão entre os adolescentes chamou atenção de quem passava pelo trecho da avenida entre as ruas Padre João Crippa e Pedro Celestino. Os vídeos gravados logo se espalharam redes sociais. Nas imagens, é possível ver duas meninas discutindo em meio a uma roda de adolescentes.

Elas começam as agressões, mas logo se misturam à multidão que assiste a briga. Em pouco tempo, uma nova confusão começa, e uma das estudantes acaba agredida por outras duas.

“Eles começaram com provocações, eles fizeram uma rodinha para não deixar elas saírem. Quando fui ver o que estava acontecendo já tinha outra menina sendo agredida, ela sofreu um corte na boca, ficou em estado de choque, acho que não esperava”, contou o funcionário de uma loja da região.

A briga registrada pelos próprios adolescentes nesta sexta-feira (2) é, segundo os comerciantes da região, consequência de “rolezinhos”, combinados entre os jovens nas redes sociais, todas as sextas-feiras. “É o que em que eles saem mais cedo, por isso se encontram aqui”, contou o funcionário da loja.

A loja da rede de fast food Burger King é um dos locais de concentração dos estudantes de escolas particulares, estaduais e municipais da região. O movimento começa a ganhar volume às 12 horas e segue durante o horário de almoço, às vezes se estendendo até às 15 horas.“Grande parte só vem para causar tumulto, eles bebem, fumam. Isso sempre acontece, mas está piorando, hoje extrapolaram, deve três quatro brigas aqui”, lembrou o funcionário de outro restaurante da avenida.

Mesmo durante o dia, o uso de bebidas alcoólicas pelos adolescentes é indiscriminado, dizem as testemunhas.  Com caixinhas de som, eles fecham as calçadas, se envolvem sem brigas e discussões. Locais com menos visibilidade se transforma em “pontos de pegação”. “Eles entram na parte aberta da garagem e ficam de pegação, sempre pedimos para sair”, contou a testemunhas de 32 anos.

Os estudantes então “tomam conta” das calçadas de quase toda a quadra. “Estou pensando em pedir ajuda para mais policiamento, para evitar que coisas mais graves aconteçam”, reforçou o proprietário de um dos comércios na Afonso Pena.

Polícia Militar - Ao Campo Grande News, o coronel Oeliton Santana de Figueiredo, Comandante da 5ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), informou que por volta das 13h30 os policiais do batalhão foram acionados, mas ao chegarem ao local não encontraram os envolvidos na confusão.

Segundo o comandante, essa não é a primeira vez que as equipes são acionadas pelos comerciantes por conta do tumulto causado pelos jovens, mas até esta tarde não havia registro de “ilícitos” entre os adolescentes. “É um local público, muito frequentado pelos adolescentes e não podemos impedir de ficarem ali se não houver irregularidades”, afirmou.

Figueiredo revelou ainda que a Polícia Militar se depara com muitos casos de brigas marcadas entre os jovens pelas redes sociais, sempre em locais públicos e após os términos das aulas. “O envolvimento da família nesses casos é muito importante. Peço aos pais que acompanhem os filhos, saibam o que está acontecendo e onde estão”.

Veja o vídeo abaixo

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