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Capital

Três mortes em 24h na Máxima é "coincidência estranha", diz Agepen

Luana Rodrigues | 18/06/2016 11:05
Presos foram encontrados mortos após banho de sol. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)
Presos foram encontrados mortos após banho de sol. (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)

A morte de três detentos na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande deixou em alerta a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). As mortes ocorreram em um intervalo pouco inferior a 24 horas.

Conforme o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, as mortes estão sendo investigadas pela polícia, mas os dois últimos casos, ocorridos na tarde de sexta-feira (17), chamaram a atenção da agência, já que ambos os presos foram encontrados em banheiros, enforcados.

"A polícia está investigando, por enquanto, não há nenhuma relação entre os casos, mas o fato deles terem sido encontrados na mesma sinal e ao mesmo tempo, é uma coincidência estranha", disse.

Nos três casos, os presos foram encontrados mortos por volta das 15h, no momento em que os agentes penitenciários faziam o "confere", que é a contagem dos detentos, logo após o banho de sol.

Jorge Sales Kramer, 37 anos, foi encontrado morto na tarde de quinta-feira (16), em uma das celas do Presídio. Ele estava sentado no chão, encostado na parede e no colo dele, foi encontrado um prato com pó branco, que pode ser cocaína, mas ainda será analisado.

Já Marcos Antônio Bispo, 28 anos, e Djalma da Silva Adão, 25 anos, estavam mortos em banheiros do saguão superior do pavilhão 2 – ala A, do presídio. Ambos estavam enfocados com cordas artesanais, feitas de lençóis, presas ao teto. Eles estavam separados, cada um em um banheiro.

Condenado a 43 anos de prisão por roubo, Jorge estava preso na Máxima desde 2004. Marcos Antônio foi preso em novembro de 2011, por furto, e tinha passagens anteriores por roubo, furto e homicídio. Djalma respondia por assalto e homicídio, e cumpria prisão na Máxima desde maio do ano passado, após ser transferido do Instituto Penal de Campo Grande.

De acordo com a Agepen, a perícia esteve nos locais das mortes e a Polícia Civil agora vai apurar caso a caso, mas a possibilidade de homicídio nas três situações, não está descartada.

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