"Tudo o que eu quero é justiça", diz filha de motociclista arrastado por carro

Menos de um mês após perder o marido e a sogra para a covid-19, Ligiane da Silva Galvão, de 27 anos, vai ter de se despedir do pai. A jovem é a filha caçula do motociclista Carlos Aparecido Galvão, de 54 anos, morto na tarde desta quinta-feira (13) depois de ser atropelado e arrastado por um carro na Rua Coxim, lateral à Avenida Cônsul Assaf Trad, em Campo Grande.

“Tudo o que eu quero é Justiça”, desabafou depois de saber da morte do pai. Segundo ela, os dois ficaram sem se falar por um tempo, no entanto, depois que perdeu o marido, Carlos a procurou para pedir perdão e, desde então, passava todos os dias para vê-la.

O irmão da vítima, Rubens Galvão, de 57 anos, contou que no momento em que foi atingido pelo carro, o motociclista voltava para o serviço, uma madeireira na Avenida Mascarenhas de Moraes. Ele ficou sabendo da morte de Carlos ao receber uma foto em um grupo de WhatsApp. "Ele morava no Nova Lima e tinha ido almoçar porque esqueceu a marmita", contou.

O Batalhão de Trânsito da Polícia Militar contou que equipes fazem rondas para tentar localizar o condutor do automóvel Pálio que fugiu depois de atropelar e arrastar o trabalhador por quase 50 metros.

O caso - O acidente aconteceu na tarde desta quinta-feira (13). Segundo testemunhas, a moto Honda CG e o automóvel Pálio seguiam no sentido bairro em direção ao Centro, quando o carro surgiu em alta velocidade e colidiu na traseira da motocicleta em que Carlos estava. Com o impacto, a vítima caiu, foi atropelada e arrastada pela via.

Carlos não resistiu aos ferimentos e morreu antes que pudesse ser socorrido.