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Capital

UFMS: a flor de Mato Grosso do Sul

Ana Carolina Monteiro (*) | 08/10/2017 09:05

Certa vez, perguntaram a Buda qual a diferença entre amar e gostar. Sabiamente, o mestre respondeu: “Quando gostas de uma flor, você a arranca; mas quando amas uma flor, você a rega todos os dias.” Acredito que tal sabedoria posse ser aplicada a qualquer campo de nossas vidas. Neste artigo, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) será, para mim, a flor.

Em meio a um cenário de crise econômica em âmbito internacional, com severos reflexos no Brasil, o foco da atual gestão da UFMS tem sido garantir condições de sustentabilidade à instituição, por meio do diálogo, da atuação responsável e de parcerias, estreitando relações com a comunidade acadêmica, com o município, o Estado, instituições federais, com o setor empresarial, órgãos de controle e fiscalização e a sociedade em geral.

É verdade que a UFMS enfrenta hoje problemas estruturais graves, resultado de décadas de diversos tipos de desajustes, inclusive com o governo federal, na busca por recursos para investimentos. Lógico que expandir sempre foi necessário, mas não sem perder de vista e cuidar da UFMS que já crescia e florescia, dando inclusive bons frutos.

Mas, nem tudo são espinhos. Temos que nos encher de orgulho ao saber que por meio de suas pesquisas nas mais diversas áreas, a UFMS tem colocado à disposição da sociedade todo seu capital humano e tecnológico, o que tem lhe garantido importante papel estratégico no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul.

Instalada em 10 municípios, oferta 113 cursos de graduação e 53 de pós-graduação, possui cerca de 20 mil alunos matriculados nos cursos de graduação presencial, a distância e na pós-graduação. Atualmente, é 1ª do Estado, segundo ranking da Folha de São Paulo, divulgado em setembro deste ano.

Ao longo de seus quase 40 anos de federalização, e 55 de criação, a UFMS tem sido responsável pela formação de um enorme contingente de recursos humanos, base do mercado de trabalho do Estado.

Desenvolve e incentiva atividades e pesquisas em múltiplas áreas, como agricultura familiar, saúde, educação, tecnologia e inovação, sobre o Pantanal, com os povos indígenas e incubação de pequenas empresas, fomentando a conversão do conhecimento em geração de renda e emprego para a sociedade.

A UFMS tem buscado ações para evitar seu colapso institucional. Como todas as 63 instituições federais de ensino superior no país, enfrenta um duro regime de contingenciamento de recursos. E ciente desse cenário, a equipe de gestão da Universidade adotou diversas medidas para assegurar a manutenção das atividades e garantir a melhora contínua de seus processos, para que sejam ofertados a toda a comunidade acadêmica serviços e oportunidades melhores.

Destaque para algumas medidas salutares adotadas recentemente, como a reorganização administrativa; o controle das contas e a redução em 25% nos contratos com terceirizados. A instituição do SEI – Sistema Eletrônico de Informação, usado para criação e tramitação de documentos internos. Aliás, uma medida extrema de racionalização de tempo e de recursos públicos. Até novembro deste ano, não se criará mais nenhum processo físico dentro da UFMS.O que proporcionará uma economia de 60% em papel.

Com o olhar na transparência e na participação da comunidade, foi instituída a transmissão on-line das reuniões dos Conselhos da UFMS e criada a página on-line sobre transparência da execução orçamentária da Instituição, ambas, medidas institucionais inéditas. Todos os empenhos, despesas e receitas das Unidades da UFMS, em 2017, estão à disposição dos órgãos de controle e fiscalização e de toda a sociedade em geral.

Com o intuito de aperfeiçoar sua gestão e melhorar os serviços que oferece, a UFMS firmou acordos em áreas, como segurança, educação, políticas públicas, direito público e gestão. Foram assinados 52 acordos de cooperação, sete protocolos de intenção e dois novos convênios com instituições das três esferas governamentais, entidades sem fins lucrativos, do setor privado e empresarial, para as mais diversas finalidades e sempre contemplando os pilares do ensino, da pesquisa e da extensão. Buscando abrir a Universidade e levá-la para “além de seus muros”.

Nesse contexto, destacam-se as parcerias a Controladoria Geral da União, que rendeu cursos de aperfeiçoamento em contratos e licitações; e o Protocolo de Intenções com o CRA-MS (Conselho Regional de Administração de Mato Grosso do Sul) para o aprimoramento da gestão universitária.

Manter a UFMS funcionando demanda cuidados rotineiros, assim como manter viva a flor de um jardim. A flor precisa ser regada, podada e iluminada adequadamente. É preciso se preocupar com o fertilizante e o solo, afastar as ervas daninhas e eliminar o mofo. Além disso, as flores têm seu próprio tempo e demonstram quando precisam de cuidados. Basta ficarmos atentos para agir na hora certa. 

(*) Ana Carolina Monteiro é jornalista. 

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