“Um pai”, dizem alunas de professor que morreu durante mergulho no RJ
Corpo de Marcinho chegou em Campo Grande na manhã de hoje e velório aconteceu durante a tarde no Aero Rancho
Amigos e familiares se despediram do professor de voleibol Márcio de Oliveira Martins, na tarde desta quarta-feira (12). O corpo de Marcinho, como era carinhosamente chamado pelas alunas e família, chegou em Campo Grande, na manhã de hoje, após o acidente ocorrido durante um mergulho na Praia Grande em Arraial do Cabo, na Região do Lagos no Rio de Janeiro (RJ).
Marcinho tinha ido para a capital carioca visita a filha com quem passaria o feriado. Ele chegou na cidade na sexta-feira (7) e no domingo desceu para Arraial na companhia de amigos. Ao Campo Grande News, as alunas disseram que o professor era como um pai para todos já que cuidava delas como fazia com a própria filha.
“Fui aluna dele desde os 7 anos na escola, com 11 começamos a treinar no time de vôlei que ele criou e ficamos com ele até o final do Ensino Médio, depois criamos o time ‘Amigas do Marcinho’ para não perdemos o contato. Ele era mais que um professor, era como um pai para nós”, disse Gabriela Duarte, 26 anos.
Assim como ela, Priscila Souza, 28 anos, também fazia parte do time e era aluna do professor desde os 7 anos de idade e relatou que Marcinho sempre foi muito amoroso e cuidadoso com as alunas.
“Sempre dava conselhos e puxões de orelha quando precisava. A perda dele está sendo muito dolorida para todos nós. Não éramos só um time, éramos uma família. Cuidava de nós como se fossemos a filha dele”, declarou Priscila.
O velório foi marcado por muita emoção. As alunas vestiam a camiseta do time e estavam muito emocionadas, assim como a filha de Marcinho, Ariel de Freitas, 27 anos, arquiteta, que contou à reportagem que ficou sabendo do acidente através da ligação de um amigo do professor.
“Nós viemos para Campo Grande quando eu tinha 4 anos, porque ele passou no concurso. Depois meus pais se divorciaram quando eu era adolescente e eu voltei para Minas Gerais. Quando passei no vestibular vim morar com ele até terminar a faculdade e fui embora para o Rio”, disse Ariel.
A arquiteta, era filha única de Marcinho e declarou ainda que, apesar de morar longe, era muito próxima do pai com quem falava todos os dias por ligação e estavam juntos sempre que podiam. “Ele me ligava todos os dias, era sagrado. Sempre que podíamos estávamos juntos”, declarou Ariel, muito emocionada.