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Capital

Universidades particulares são alvos de petições para reduzir mensalidades

Ao todo, 4 mil estudantes já assinaram atos que pedem desconto durante período sem aulas presenciais

Jones Mário | 04/05/2020 13:16
Ato que contesta cobrança integral das mensalidades na Uniderp tem 1,8 mil assinaturas (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Ato que contesta cobrança integral das mensalidades na Uniderp tem 1,8 mil assinaturas (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Uniderp e UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), em Campo Grande, são alvos de petições online que pedem a redução das mensalidades durante o período de pandemia do novo coronavírus. A emergência em Saúde forçou a suspensão das aulas presenciais há um mês e meio.

Os estudantes seguem em atividade, mas remota, em que os professores ministram aulas virtuais.

Alunos alegam que grande parte foi atingida pelos impactos da desaceleração econômica - como desemprego ou redução de salários. Eles reforçam que parte dos recursos pelos quais pagam não são entregues pelo regime de aulas virtuais.

O abaixo assinado que pede descontos na mensalidade da Uniderp somava 1.850 mil adesões no fim da manhã desta segunda-feira (4). À frente da petição, o estudante de Psicologia, Victor Gutierrez, 21, defende que a disparidade entre o valor da mensalidade de um curso presencial para uma graduação à distância - modalidade oferecida pela instituição - chega a 400%.

“A maioria dos cursos presenciais cobra uma média de R$ 1,6 mil de mensalidade. Estamos tendo aulas por plataforma inferior à disponibilizada aos cursos EAD. A universidade diz que está investindo em tecnologia, mas não vemos isso”, reclama.

Gutierrez pede redução de, pelo menos, 15% no valor pago todos os meses. “Tem gente que teve salário afetado, muito aluno cancelando a matrícula e pensando em trancar depois do primeiro semestre”, completa.

Em nota, a Uniderp defende que os professores estão “trabalhando em jornada integral para que não haja qualquer prejuízo ao currículo e calendário escolar”. Por isso, a instituição de ensino aponta que “não houve qualquer redução de custos para a instituição”.

A universidade alega que “investimentos adicionais precisaram ser direcionados à plataforma interativa como forma de viabilizar a transmissão das aulas online”, e que “o valor cobrado mensalmente corresponde a uma parcela do custo total do ano ou semestre letivo em curso”, por isso “não devem sofrer qualquer impacto”.

UCDB - A petição online pelo corte nas mensalidades da instituição já havia sido assinada por 2.150 mil acadêmicos até o fim desta manhã.

Organizadores do ato também ressaltam que estudantes, pais e responsáveis foram atingidos pela crise econômica. A reportagem não encontrou mobilizadores do abaixo assinado.

A UCDB foi procurada e não respondeu até a publicação do texto.

Escolas - Na Capital, colégios já adotaram reduções nas mensalidades. Segundo Procon (Superintendência de Orientação e Defesa dos Direitos do Consumidor), pelo menos 50 instituições de ensino diminuíram os valores cobrados durante o período de aulas suspensas.

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