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Capital

Vacinação em mercados é vetada e ficará restrita a postos de saúde

Por mais controle, campanha de imunização contra a gripe H1N1 não terá "postos volantes" em shoppings e mercados, como em anos anteriores

Richelieu de Carlo | 03/03/2017 12:38
Vacina contra gripe sendo aplicada durante Dia D de vacinação, em 30 de abril do ano passado (Foto: Alcides Neto / Arquivo)
Vacina contra gripe sendo aplicada durante Dia D de vacinação, em 30 de abril do ano passado (Foto: Alcides Neto / Arquivo)
Representantes da Saúde participam de audiência pública na Câmara de Vereadores. (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)
Representantes da Saúde participam de audiência pública na Câmara de Vereadores. (Foto: Izaias Medeiros/CMCG)

Na campanha de imunização contra a gripe H1N1 – também chamada gripe suína ou gripe A – deste ano, em Campo Grande, não haverá vacinação fora dos postos de saúde, como aconteceu em anos anteriores, quando havia “postos volantes” que atendiam em shoppings e mercados. A medida visa proporcionar um controle maior das pessoas que serão imunizadas.

Representantes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) participaram de audiência pública na Câmara Municipal, na manhã desta sexta-feira (3), e anunciaram, além dessa, outras normas da campanha em 2017 na Capital. Que deve começar no dia 10 de abril, com a vacinação dos profissionais da Saúde.

No dia 6 de maio, está previsto que aconteça o “Dia D” da imunização em todo País, quando haverá uma grande mobilização para conscientizar e vacinar a população. Este será o único dia em que haverá um trailer da imunização em local de grande circulação de pessoas na Capital.

“Esse ano não teremos postos volantes de vacinação, apenas as 64 salas de vacinas e um trailer da imunização que utilizaremos no dia D. Não faremos mais vacinação em shoppings e mercados. Isso dificulta muito o registro desse núcleo e pode até perder o controle. O objetivo é otimizar o registro", explicou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesau, Mariah Barros.

Entre os locais de vacinação contemplados estão as 6 UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) e 4 CRSs (Centros Regionais de Saúde).

Outra media anunciada pela Sesau para melhorar o controle, é de que os integrantes do grupo de risco terão que apresentar documentos de identificação pessoal com foto e registros profissionais, no caso dos que fazem parte do grupo de risco definidos pelo Ministério da Saúde: crianças de 6 meses a 5 anos, idosos, gestantes (até 45 dias após o parto), presos, indígenas, doentes crônicos e trabalhadores da saúde, educação e sistema prisional.

No caso de gestantes, por exemplo, será pedido laudo que comprove a gravidez, assim como doentes crônicos terão de comprovar que possuem a doença. E indígenas terão que apresentar o Rani (Registro Administrativo de Nascimento de Indígena).

Mariah Barros apresenta detalhes da campanha de vacinação contra o vírus influenza. (Foto: Izaias Medeiros)
Mariah Barros apresenta detalhes da campanha de vacinação contra o vírus influenza. (Foto: Izaias Medeiros)

A partir deste ano, professores da rede pública e particular estão incluídos nos grupos de risco. “Professores de todo ensino regular serão vacinados, incluindo de universidades e faculdades públicas e privadas”, detalhou Mariah Barros.

Segundo a Sesau, ainda não há uma previsão de quantas pessoas serão imunizadas na campanha deste ano, mas espera-se que o número seja semelhante ao do ano passado, quando 185 mil doses foram disponibilizadas em Campo Grande.

“Estamos aguardando o cronograma enviado pelo Ministério da Saúde para a Secretaria Estadual, que faz um cronograma próprio, e envia para Campo Grande, e a gente monta o nosso planejamento”, relatou a secretária-adjunta da Sesau, Andressa de Lucca Bento.

CPI – Um dos objetivos de ter um maior controle sobre a quantidade e a profissão das pessoas vacinadas é evitar que tenha ocorrências como em 2016, quando houve denúncias de pessoas fora do grupo de risco imunizadas e também o sumiço de doses, o que foi alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal.

No fim das investigações, foi constatado o “sumiço” de pelo menos 14,5 mil doses da vacina. Apesar das irregularidades encontradas, a CPI não apontou um culpado, apenas fez recomendações para evitar problemas em campanhas de imunização futuras.

Em 2016, de acordo com levantamento feito até o dia 17 de maio pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), Campo Grande teve 158 pacientes internados sob suspeita de gripe, sendo 29 casos confirmados por H1N1, um por H3N2 e quatro por Influenza B.

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