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Capital

Vendedoras relatam pânico, medo e insegurança após tiroteio no Centro

Ricardo Campos Jr. | 22/02/2011 12:43

Mulheres disseram não terem visto os bandidos

Logo após o tiroteio, multidão se aglomerou em frente ao local para onde a jovem baleada foi levada e socorrida pelo Samu. (Foto: João Garrigó)
Logo após o tiroteio, multidão se aglomerou em frente ao local para onde a jovem baleada foi levada e socorrida pelo Samu. (Foto: João Garrigó)

“A gente nunca tinha passado por isso. Estamos ainda meio paralisadas”, disse a vendedora Keyse Cristiane Lima que trabalha em uma loja de chocolates ao lado do banco onde um policial civil à paisana trocou tiros com um bandido durante a manhã desta terça-feira (22) no Centro de Campo Grande.

Ela conta que não chegou a ver os bandidos ou o policial, apenas escutou os disparos e foi tudo muito rápido. O que causou espanto na vendedora foi o fato de ter acontecido em plena luz do dia. “A essa hora acontecer um negócio desses”, disse.

A colega dela Sinlei Pedro Ferreira disse estar sem palavras para descrever o ocorrido. Após toda a movimentação ficou nela a sensação de insegurança. “De repente eles poderiam até sair de lá, entrar e pegar um refém aqui”, relata a vendedora.

Não foi a primeira vez que ela presencia tiroteio entre bandidos e policiais. Há um ano e meio atrás ela trabalhava em um supermercado localizado na avenida Mascarenhas de Moraes quando criminosos dispararam contra seguranças de um carro forte. Ela lembra que entrou em pânico. “Foi muito tiro lá”, disse.

Os funcionários da loja de celular onde a adolescente Daniele Fernanda Hugo Lima, de 17 anos, foi levada antes de ser socorrida pelo Samu não quiseram comentar o caso durante a manhã no momento em que uma multidão se aglomerava, entre jornalistas, policiais e curiosos, na esquina da Afonso Pena com a Rui Barbosa.

Tiroteio - Um policial civil à paisana passava em frente à agência do HSBC que fica na Afonso Pena entre Pedro Celestino e Rui Barbosa quando presenciou um assalto a um homem, que segundo o servidor era gerente da agência.

O bandido estava em uma moto YBR vermelha e abordou a vítima em cima da calçada já na escadaria que dá acesso ao banco.

Enquanto isso o comparsa, de acordo com o policial civil, chegou a pé ao encontro do outro assaltante. Aquele estava de terno e carregava uma mochila nas mãos. Tão logo encontrou a vítima tomou uma pasta das mãos dele, colocou na bolsa, montou na garupa e a dupla fugiu em direção à Pedro Celestino.

Entretanto, abordaram o policial no meio do trajeto, disseram saber que se tratava de um policial e pediram a arma dele. O servidor contou que a segurava embaixo do capacete, disse que não estava armado e os assaltantes prosseguiram com a fuga. O piloto da moto virou-se e passou a atirar contra o policial que revidou.

Família - O padrasto da vítima acompanhava a enteada na Santa Casa, disse que não daria entrevistas e apenas contou que o estado de saúde da garota era estável, a jovem estava bem e passava por diversos exames.

Informações extra-oficiais apuradas pelo Campo Grande News no hospital dão conta de que a bala se alojou na coluna vertebral, entretanto, a vítima não sentia formigamento ou alteração nos movimentos da perna.

A assessoria de imprensa do hospital informou que a vítima estava consciente, orientada e disse que ela passava por exames de raio-X.

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