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Capital

Vídeos podem apontar quem incendiou lava jato onde garoto foi violentado

O dono do estabelecimento também poderá ser ouvido sobre o incêndio

Adriano Fernandes | 09/02/2017 17:41
O lava jato foi parcialmente destruído pelas chamas. (Foto: André Bittar)
O lava jato foi parcialmente destruído pelas chamas. (Foto: André Bittar)

A polícia ainda não sabe o que deu início ao incêndio no lava jato onde um adolescente, de 17 anos foi violentado com uma mangueira de compressão de ar na última sexta-feira (03). O estabelecimento fica na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, em Campo Grande.

Investigadores da Polícia Civil também buscam nos estabelecimentos vizinhos ao endereço, os vídeos das câmeras de segurança que tenham flagrado um possível incendiário, já que o caso tem caráter criminoso.

“Outro indicador pode ser descobrir quem acionou o corpo de bombeiros por conta das chamas naquela madrugada”, comentou a delegada responsável pelo caso, Célia Maria Bezerra da Silva, da 4ª Delegacia de Polícia das Moreninhas.

Um ofício será encaminhado ao Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) para que a testemunha possa ser ouvida. O proprietário do lava jato, Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, também deverá ser ouvido pela delegada.

Incêndio – O incêndio começou por volta das 03h30 de ontem (08), quatro dias depois da “brincadeira” que resultou na internação do adolescente de 17 anos na Santa Casa de Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, o fogo foi ateado em uma sala usada como escritório. As chamas atingiram também um banheiro e o lava jato foi parcialmente destruído durante o incêndio.
No local, há dois portões de acesso que estavam fechados com cadeados.

Provavelmente, o suspeito deve ter pulado uma cerca com quatro fios de aço para ter acesso ao interior do imóvel. No estabelecimento não há câmeras de segurança.

Histórico – O caso, registrado como lesão corporal grave, foi denunciado pelo primo do adolescente, de 28 anos. No relato, ele disse que o garoto “brincava com os colegas de trabalho”, quando um dos homens (Willian Henrique Larrea, 30 anos ) o agarrou pelo lombo e o dono do local (Tiago) inseriu uma mangueira no ânus do garoto.

Ontem (08), quando foi ouvido pela polícia na Santa Casa a vítima informou que não ouve penetração do equipamento e que a “brincadeira” teria começado por conta de uma disputa entre qual funcionário – Willian ou a vítima – iria comprar um refrigerante.

Esta tarde, no entanto, o advogado dos suspeitos Francisco Guedes Neto informou que os clientes desconhecem essa versão e que a própria vítima é quem teria começado a provocar um dos autores com a mangueira de compressão.

Recuperação - Depois de dar entrada no hospital, as 22h15 de última sexta-feira (3), o adolescente foi direto para a sala de cirurgia, perdeu cerca de vinte centímetros do intestino e desde então seguia internado em estrado grave na área vermelha da unidade, até a manhã desta segunda-feira (6). O quadro teve uma melhora gradativa e ele continua internado na enfermaria na Santa Casa.

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