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Capital

“Aconteceu um negócio aqui”, avisou dono de lava jato à família de garoto

Viviane Oliveira e Marcus Moura | 06/02/2017 12:02
O estabelecimento está fechado desde sexta-feira, quando ocorreu o crime (Foto: André Bittar)
O estabelecimento está fechado desde sexta-feira, quando ocorreu o crime (Foto: André Bittar)

“Precisamos levá-lo para o hospital, aconteceu uns negócio aqui”. Esta foi a frase que Thiago Giovanni Demarco Sena, 20 anos, dono do lava jato usou para avisar, por telefone, a família do adolescente de 17 anos, que sofreu abuso com mangueira de compressão de ar no estabelecimento. Além de Thiago, o outro suspeito de ter cometido o crime é Willian Henrique Larrea, 30 anos.

O caso ocorreu por volta das 10h da manhã de sexta-feira (3), na Avenida Interlagos, na Vila Morumbi, em Campo Grande. O menino passou por cirurgia no mesmo dia em que deu entrada na Santa Casa e perdeu metade do intestino grosso.

A dona de casa de 47 anos, mãe da vítima, relatou que só ficou sabendo o que tinha acontecido quando chegou na unidade de saúde. "O Thiago veio aqui em casa me buscar para ir à Santa Casa, mas não contou nada. Só fiquei sabendo no hospital", lamentou. 

No boletim de ocorrência registrado como lesão corporal grave, por volta das 14h, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, não fica claro o que realmente havia acontecido e muito menos a gravidade do crime.

Segundo registro policial, feito pelo primo da vítima, de 28 anos, o adolescente trabalhava no estabelecimento e estava brincando com os dois colegas, quando William segurou o menino pelo lombo e Thiago inseriu a mangueira de ar no ânus dele.

Lava jato onde o menino de 17 anos trabalhava (Foto: André Bittar)
Lava jato onde o menino de 17 anos trabalhava (Foto: André Bittar)

O garoto, então, vomitou, desmaiou e foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Tiradentes, mas devido a gravidade foi encaminhado à Santa Casa, onde fez cirurgia logo que entrou. Não fica claro e nem a família sabe dizer quem fez o socorro da vítima até o posto de saúde.

Não se sabe, também, o paradeiro dos dois acusados pelo crime. Ontem, o delegado Paulo Sérgio Lauretto, disse por telefone que o proprietário tinha sido ouvido na delegacia das Moreninhas. Mais informações sobre o caso serão divulgados hoje à tarde na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

A assessoria de imprensa da Polícia Civil afirma que o caso passou a ser investigado desde sexta-feira, quando foi registrado, mas não soube confirmar se os suspeitos foram ouvidos.

Gravidade - Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, por volta das 22h o garoto teve uma piora no quadro e foi transferido para a área vermelha da unidade. Hoje de manhã, ele apresentou melhora, mas continua no setor em observação. O estado de saúde dele é considerado grave, porém estável.

Fechado - Hoje de manhã, o Campo Grande News foi até o lava jato, mas não encontrou ninguém para comentar sobre o assunto. Os vizinhos relataram que desde quando ocorreu o crime, o lava jato está fechado.

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