“Virou um inferno”: moradores reclamam de tabacaria onde rapaz foi executado
Lucas Ribeiro Pastor foi atingindo por pelo menos 15 tiros de pistola 9 milímetros na madrugada desta 2ª feira
A tabacaria onde Lucas Ribeiro Pastor, 24 anos, foi executado na madrugada desta segunda-feira (7), tem incomodado os moradores no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Inaugurado há cerca de 2 anos, o local é ponto de encontro para motociclistas que ficam fazendo manobras e grande concentração de pessoas.
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Um homem de 24 anos foi executado a tiros em uma tabacaria no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande. Lucas Ribeiro Pastor foi atingido por diversos disparos na madrugada desta segunda-feira. Um amigo que o acompanhava foi ferido de raspão nas costas. Moradores da região relatam que o estabelecimento, inaugurado há cerca de dois anos, causa transtornos frequentes com aglomerações, barulho e manobras de motocicletas. O crime teria sido motivado por ameaças que a vítima vinha recebendo de um homem identificado como "Caim", devido a um suposto envolvimento com sua ex-esposa.
Os moradores, que preferem não se identificar por medo, contaram ao Campo Grande News que todo fim de semana há muito barulho no estabelecimento e inclusive citaram que a região “virou um inferno”, desde a abertura da tabacaria.
“Depois que abriram é gente empinando moto, inclusive quando ouvi os barulhos achei que era moto. Já era de madrugada, eu estava dormindo e escutei. Foi muito tiro, depois vi as motos todas vazando, pensei que algo estranho tinha acontecido. Ficamos muito assustados”, relatou.
Outra vizinha da tabacaria afirmou que a bagunça começa na sexta-feira e vai até domingo. “Essa esquina fica terrível. A rua fica intransitável. Qualquer barulho a gente acha que é daqui. Todo fim de semana é uma bagunça a noite inteira e vai até a madrugada”, disse.
Por fim, outra moradora da região, alegou que acordou com os disparos e achou que tinham batido no portão dela. “Olhei na câmera e vi o pessoal saindo de lá. Até demorou para acontecer isso porque todo fim de semana é isso ai. A gente não tem mais paz aqui”, pontuou a mulher.
À reportagem, o responsável pela tabacaria negou a acusação de barulhos constantes. Ele relatou que controla o volume do som dentro do estabelecimento e evita tocar músicas mais pesadas para não ter baderna.
"Infelizmente há concentração de pessoas na rua, mas não no meu estabelecimento. Até porque existem outros ali na rua. Não somo e nunca seremos a favor da bagunça. Foi uma infelicidade o que aconteceu e não temos culpa. A polícia nunca precisou fechar nosso estabelecimento", relatou.
Sobre o homicídio, ele que prefere não se identificar, contou que estava chegando na tabacaria quando tudo aconteceu e afirmou não conhecer a vítima. "Se era cliente, não era assíduo. Infelizmente aconteceu, mas não temos culpa e não compactuamos com isso", finalizou.
Execução – De acordo com o boletim de ocorrência, o crime aconteceu por volta das 0h30, quando um homem de capacete preto entrou armado no local, foi direto até a vítima e disparou diversas vezes. Lucas foi atingido na cabeça, ombro, axila, costas, tórax, costelas e braço.
A morte foi constatada pelo médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Um dos amigos que o acompanhava na tabacaria foi atingido de raspão nas costas.
No local foram recolhidos 15 estojos de munição, 9 projéteis, o celular da vítima e o material das câmeras de segurança do estabelecimento, que não registraram o momento do crime. O local foi isolado por equipes do Batalhão de Choque e GOI (Grupo de Operações e Investigações).
Testemunhas disseram ainda que, pouco antes do crime, uma motocicleta Falcon passou lentamente pela região, com duas pessoas. Há uma suspeita de que o autor foi deixado no local e fugiu com apoio de um comparsa, em uma moto.
Há relatos de que Lucas vinha sendo ameaçado por um homem conhecido como "Caim", por supostamente ter se envolvido com a ex-esposa dele.
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(*) Matéria editada para acréscimo de resposta.